Portugal terminou este sábado, primeiro dia da eliminatória da de acesso à fase final da Taça Davis, diante da Rep. Checa, em desvantagem por 0-2, no Complexo Municipal de Ténis da Maia.
No primeiro encontro do fim de semana, Nuno Borges de 25 anos, 105.º do ranking ATP, esbarrou na boa forma de Jiri Lehecka (39.º da hierarquia) e perdeu por 0-2 (4-6 e 4-6) com o melhor jogador da seleção rival: Lehecka chegou aos ‘quartos’ do Open da Austrália, em janeiro.
«Ele esteve melhor do início ao fim, mereceu ganhar. Houve momentos em que podia ter estado um pouco melhor, mas causou-me sempe dificuldades. Dei tudo, mas precisava de ter metido mais umas bolas dentro do court. Numa oportunidade destas, queria ter dado mais», disse, no final, Nuno Borges aos jornalistas.
No segundo duelo do dia, o vimaranense João Sousa, de 33 anos, 84.º da hierarquia ATP – no seu 16.º ano consecutivo a defender a equipa das quinas na Taça Davis - não teve melhor sorte, apesar de ainda ter ganho um set (o segundo) ante Tomas Machac, 122.º do ranking: 1-2, com os parciais de 6-7 (6-8), 6-3 e 2-6 após quase três horas de batalha no court.
«Há pouco e muito a dizer. O primeiro set, foi mal perdido: acho que fui superior em todos os momentos, mas as coisas acabaram por cair para o lado dele. Depois, consegui gerir as emoções e acabei o segundo set a jogar bem. Houve, depois, um jogo muito disputado a abrir o terceiro set: mais de 20 minutos, em que tive muitas oportunidades, uma delas próximo da rede, mas Tomas fez o ‘break’ e soltou-se um pouco: quando se está por cima, fica mais fácil», afirmou João Sousa sobre o seu duelo.
Com 2-0 a seu favor, a Rep. Checa está, assim, a um escasso ponto de vencer Portugal, enquanto a Seleção está obrigada a ganhar os três jogos de domingo, dia 5 do corrente mês, para vencer (dois de singulares, um de pares).
O capitão da Seleção, Rui Machado, e tanto Borges como Sousa, acreditam na reviravolta. «Não tinha dúvidas de que este dia ia ser muito disputado, como não as tenho que domingo também será. Partirmos com dois pontos de desvantagem está longe de constituir o cenário ideal, mas já virámos uma eliminatória a perder por 0-2 em casa: vamos tentar fazer o mesmo», prometeu Rui Machado aos jornalistas, em conferência de imprensa.
«Demos o nosso melhor, mas é o que sempre digo: no ténis, só um pode ganhar. E temos de ser profissionais, como fomos, e sair de cabeça levantada. Jogámos bom ténis, demos tudo o que tínhamos e temos de ser humildes e dar mérito aos adversários, porque o tiveram», concluiu Rui Machado.
Nuno Borges apelou ao apoio do público, que este sábado já esgotou o Complexo Municipal de Ténis da Maia. «Se for a jogo, será uma oportunidade incrível de me redimir. Com um ambiente destes é só olhar em frente e fazermos o que temos a fazer, que é dar tudo e procurar um resultado diferente. Portugal merece melhor e conseguimos melhor, por isso vamos à procura da reviravolta», prometeu o maiato.
A jornada de domingo terá início às 15 horas, com o encontro de pares entre Nuno Borges/Francisco Cabral diante da dupla Tomas Machac/Adam Pavlasek. Depois, estão previstos dois jogos de singulares: João Sousa ante Jiri Lehecka e Nuno Borges face a Tomas Machac. Mas tanto Rui Machado, quanto o capitão da Rep. Checa, Jaroslav Navratil, poderão proceder a alterações nos jogadores.