O italiano Carlo Ancelotti, treinador do Real Madrid, lamentou, a seis dias do campeão europeu e espanhol se estrear, no dia 8, no Mundial de Clubes FIFA em Marrocos (meias-finais) as lesões de Éder Militão e de Karim Benzema, em encontro da noite desta quinta-feira, no Estádio Santiago Bernabéu, na capital espanhola, no qual os ‘merengues’ venceram os ‘che’ por 2-0, jogo em atraso da 17.ª jornada da La Liga, e se aproximaram do Barcelona no topo da classificação: estão agora com 45 pontos e a cinco pontos de distância dos líderes catalães, que somam 50 pontos no campeonato do país vizinho.
«[Éder] Militão não vai recuperar para o jogo de domingo [Real Madrid visita Maiorca, para La Liga] e Karim [Benzema] parece uma coisa mais ligeira. Isto das lesões… é o que sucede quando jogamos de três em três dias», revelou, no final do jogo, Carlo Ancelotti aos jornalistas, sem deixar de enviar o recado e a responsabilidade pelas muitas lesões na temporada ao sobrecarregadíssimo calendário de 2022/23, depois da suspensão de provas por mês e meio devido ao Mundial do Catar-2022, entre o meio de novembro e o final de dezembro, a obrigar, agora como antes, a semanas recheadas de jogos atrás de jogos para os clubes e jogadores, com as visíveis consequências.
Quanto ao jogo, Ancelotti gostou da vitória, segura, dos seus, pelo que fizeram na segunda metade. «A reação na segunda parte? Nada de especial. Simplesmente não iniciámos o jogo como o fizemos de entrada na segunda metade, também por mérito do Valencia, que pressionou mais no primeiro tempo. Na segunda parte, é mais lógico que tenhamos metido outro ritmo no jogo, mais energia. Vinícius [Júnior] é um claro exemplo disso mesmo: na segunda parte, o seu nível físico fez a diferença», considerou o técnico italiano do Real Madrid, que somou terceiro jogo seguido sem sofrer golos.
«Sim, o grupo está sólido. E depois, no ataque, temos uma espetacular qualidade individual. Sendo sólidos na defesa, temos, sempre, vantagem. Manter a nossa baliza a zero é muito importante: o êxito começa na defesa», lembrou o consagrado treinador italiano no final da partida no Bernabéu, citado pela Marca.
Ancelotti dedicou ainda uma palavra especial ao francês Eduardo Camavinga, cujo tandem com Vinícius Júnior, na asa esquerda, esteve em destaque.
«Surpreende, pois jogou muito poucas vezes ali [lateral-esquerdo]. Fazem uma bela dupla. Vinícius anda por fora e depois, qual interior, flete para dentro, nos seus movimentos, e cria perigo. Na defesa, [Camavinga] é muito forte no ‘um para um’. Ele não gosta muito, nós sim», concluiu ‘Carletto’.