O presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP) manifestou-se favorável à reintegração dos atletas russos e bielorrussos nas competições internacionais, impedidos de participarem em competições internacionais na sequência da guerra entre a Ucrânia e a Rússia e do apoio da Bielorrússia ao regime de Moscovo. A posição do COP alinha-se com a orientação assumida pelo Comité Olímpico Internacional (COI) na última quarta-feira. «A posição do COI é a mais razoável. Os termos, as condições e modalidades de o fazer é assunto que tem de ser discutido, avaliado, considerado», resumiu, o presidente do COP, José Manuel Constantino.
O dirigente recorda que «faz parte do histórico» do desporto dar sinais que levem à «aproximação e pacificação das relações das partes em conflito», independentemente dos países e governos «entenderem isso ou não». Constantino revela que o tema nunca foi abordado entre o COP e o Governo português, assegurando a «posição completamente autónoma e independente» do organismo que dirige e «alinhada» pelas
O gabinete do secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Correia, deu conta do alinhamento de Portugal com as decisões da União Europeia, admitindo ter em conta as posições dos organismos olímpicos.
O comité organizador de Paris 2024 não tem poder de decisão e o COI recorda que a «autoridade única» na matéria cabe às federações internacionais, ou seja, ao COI. Neste âmbito, a autarca de Paris, Anne Hidalgo, afirma estar em sintonia com o COI, após o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensnki, ter exigido ao seu homólogo francês que interdite a presença de atletas russos e bielorussos, ameaçando boicotar a competição, não autorizando a presença de atletas do seu país.
O Comité Paralímpico de Portugal informou que seguirá as orientações da estrutura mundial de cúpula, que remete para futura Assembleia Geral do Comité Paralímpico Internacional.