José Mourinho confirmou na noite desta quinta-feira, em Roma, aos jornalistas, após o final do encontro entre a Roma, que orienta, e o Génova, para os oitavos de final da Taça de Itália, realizado no Estádio Olímpico, da capital italiana (1-0), ter sido escolha de Fernando Gomes para suceder a Fernando Santos no cargo de selecionador nacional muito antes do espanhol Roberto Martínez, ex-selecionador da Bélgica, e ter declinado o convite da Federação Portuguesa de Futebol.
«A Seleção de Portugal? Estou bem aqui [na Roma], e a dar o meu máximo. E isso é o que importa. Dou sempre o máximo naquilo que faço. Se não falei convosco [imprensa italiana] nestes dois meses é porque fui suspenso, e não falo quando estou suspenso. Hoje, já posso falar convosco e dizer-vos, até, uma coisa que, porventura, não vos interessará muito», foi a resposta do técnico português… a ganhar balanço para a revelação que veio a seguir.
«Devo agradecer ao presidente da Federação Portuguesa de Futebol [Fernando Gomes], pois o que me disse deixa-me muito orgulhoso. Dir-vos-ei que era a sua única escolha, e que fez de tudo para me levar para casa [regressar a Portugal e orientar a Seleção], o que me deu imenso prazer. Não foi desta, fico cá e dou o máximo», disse Mourinho aos jornalistas, na conferência de imprensa no final do encontro da noite desta quinta-feira, no Estádio Olímpico da capital, em que a Roma venceu o Génova por 1-0 e se apurou para os quartos de final da Taça de Itália.
Depois da confirmação, da parte de Mourinho, de ter sido, como A BOLA sempre adiantou, primeira opção da FPF para suceder a Fernando Santos no cargo de selecionador nacional – acabou por ser o espanhol Roberto Martínez a assinar e a tornar-se selecionador até 2026, apresentado oficialmente no dia 9 do corrente mês na Cidade do Futebol -, o técnico português abordou, então, o encontro, em que a Roma venceu e já espera o vencedor do Nápoles-Cremonese nos quartos da Taça de Itália.
«A Roma dá sempre o máximo. E quem dá sempre o máximo, tem sempre a minha consideração. A única contrariedade poderá ter sido algum problema físico com Zaniolo, veremos. Mas os meus jogadores dão tudo o que têm! Neste jogo, deram muita segurança, e depois entrou Paulo [Dybala, na segunda parte] para dar um sabor diferente ao jogo», disse um técnico satisfeito com a aplicação dos seus, citado pelo Corriere dello Sport.
Ficou, ainda, a revelação que também o capitão de equipa, Lorenzo Pellegrino – rendido por… Dybala, ao intervalo – poderá ter consequências físicas do embate com o Génova.
«Tem um problema, será avaliado amanhã [sexta-feira]. Queria ter resolvido o jogo sem Dybala, mas Gilardino [técnico do Génova] reservou-me um jogo difícil. Fizemos de tudo para evitar o prolongamento. Poderia ter apostado num outro jogador qualquer, num jovem, mas optei por Dybala. É este tipo de jogadores que faz a felicidade dos treinadores. E se os treinadores são bons… é porque os jogadores também o são! Como se viu neste jogo. Depois, houve um trabalho coletivo meritório de toda a equipa, muito segura no setor recuado. Mas Paulo [Dybala] é outra coisa, é um perfume diferente», disse ‘Mou’.
Após um jogo em que, na baliza, Rui Patrício foi quase um mero espectador, as palavras de outro português, o diretor desportivo da Roma Tiago Pinto, a balizar a Champions como objetivo da Roma para esta época – o que implica terminar num dos quatro primeiros lugares da Série A, são sétimos colocados nesta altura – também tiveram respaldo do técnico.
«Diretor é diretor! E não me parece que um treinador deva comentar as palavras de um diretor. Se concordo ou não, não o devo fazer publicamente», concluiu José Mourinho, declinando mais comentários sobre o tema.