O inglês John Hermand, selecionador do Canadá, que já estava eliminado do Mundial do Catar mas somou terceiro desaire na tarde desta quinta-feira ante Marrocos (1-2, Grupo F), despediu-se após o jogo em Doha com um agradecimento aos seus jogadores e à equipa pelo brio demonstrado, apesar dos maus resultados.
«Tenho de estar orgulhoso da prestação dos meus jogadores e da exibição da equipa. Há muito tempo que o Canadá não estava num Mundial [36 anos, México-1986]. Amámos voltar a estar cá, deu-nos prazer voltar. Somos ainda uma equipa jovem e em crescimento, mas foi uma experiência marcante», afirmou o inglês que orienta a seleção norte-americana no final do encontro em que o Canadá somou a terceira derrota, ante Marrocos (1-2), mas marcou aos africanos o único golo que os ‘Leões do Atlas’ sofreram até agora, em três jogos no Catar (um autogolo do marroquino Aguerd).
«O primeiro golo [brinde de Borjan a Ziyech] mandou-nos abaixo em termos anímicos, foi um rude golpe, difícil de digerir. Ainda por cima, veio cedo [minuto 4], e acusámos a pressão do ambiente. Estávamos mal, quase nas cordas com o 0-2, mas conseguimos voltar ao jogo. Adaptámo-nos à estratégia de Marrocos e provámos a nossa resiliência», afirmou Herdman, na despedida dos norte-americanos de Doha.
«A nossa estratégia e tática passava pela rapidez, velocidade e frescura conjugadas com organização de jogo na primeira parte, para depois, com mais experiência, controlarmos na segunda metade. Sabíamos que nos esperava um combate encarniçado. Ganhámos supremacia em momentos importantes do jogo», congratulou-se o selecionador do Canadá, em declarações na conferência de imprensa após o encontro da tarde desta quinta-feira, em Doha, citado pelo L’Équipe.
«Como nação que adora futebol, temos de estar orgulhosos das nossas prestações, apesar das três derrotas. O Mundo vai falar bem do Canadá, estou convencido. Dissemos ‘presente’ em todos os encontros, fomos ofensivos e corajosos. E essa era uma parte essencial do nosso ADN que queríamos mostrar», concluiu um técnico satisfeito com a sua seleção, apesar da eliminação, sem um ponto sequer no Catar.