Com uma sensacional 2.ª parte, que revolucionou por completo a atitude e tática da equipa em campo e anulou a desvantagem ao intervalo (12-16), o FC Porto garantiu o primeiro ponto na Liga dos Campeões ao empatar com o Magdeburg por 31-31, na Dragão Arena, em jogo da 8.ª jornada do Grupo A e faz renascer neste início da 2.ª volta a esperança de ainda acabar entre os seis primeiros para se manter na competição.
Sem nunca ter liderado e conseguindo apenas uma igualdade a 1-1, ao longo do 1.º tempo os homens de Magnus Andersson começaram por sentir bastantes dificuldades em travar o campeão alemão, com quem haviam perdido há uma semana por 41-36.
Além de terem problemas para ultrapassar a defesa normalmente flutuante do adversário que não proporcionava muitos espaços de remate aos 6m, a velocidade dos visitantes no ataque, sobretudo ao nível do passe e da finalização, cedo lançou o adversário para o comando, chegando à vantagem de 4 (5-9) com a ajuda de Jack Thurin (1) não conseguiu concretizar dois livres de 7m.
Mas se Thurin estava em dia não, o mesmo não se pode dizer de Omar Magnusson (7) que até ir para o balneário aproveitou todas as violações dos portistas e não falhou nenhum dos seis livres de 7 metros que foi chamado a cobrar. Quatro dos quais consecutivos até ao 11-15.
Parecia que os campeões do mundo de clubes teriam tudo controlado na 2.ª parte e a dúvida seria por quantos ganhariam desta vez. Engano!
Confiante, o Magdeburg regressou desconcentrado e a jogar a passo e com Magnus Andersson a mexer na equipa e a aproveitar as falhas nas compensações defensivas na rotação, a bola passou a chegar aos pivots portistas. Com o adversário completamente desorientado, em 8m um sensacional parcial de 8-1 (20-17) trouxe o primeiro comando do placard aos campeões nacionais e a clara ideia de que a vitória era possível.
Sob o comando de Rui Silva (4) e com Pedro Valdés (4), Victor Iturriza (7) e Daymiro Salina (4) a descobrirem através de assistências e ocuparem espaços aos 6m até então inexistentes, o FC Porto dominou. António Areia (3) chegou mesmo a sair da posição de ponta para também ser assistido na zona central tendo apenas o guarda-redes contrário pela frente, o que permitiu aos azuis e brancos estarem a vencer a 25-22.
A pouco e pouco os germânicos recuperaram da surpresa, subiram a defesa e tornaram-na mais apertada e eficaz para aproveitarem quatro perdas de bola do conjunto português que, após sucessivas igualdades desde o 27-27, três golos sem resposta, dois de Kris Jansson (6), os colocou na frente, por 29-31, a 4 minutos do fim.
Valeu então o brilhantismo de Nikola Mitrevski na baliza e uma recuperação de bola Valdés com 1m no cronómetro para, primeiro Rui Silva e depois Iturriza, conseguirem o empate e o primeiro ponto dos dragões na prova.