O jornal L‘Equipe avança esta terça-feira uma razão para o arrefecimento súbito da relação entre Kylian Mbappé e o PSG no início de outubro. Na altura, logo a seguir a jogos das seleções, falou-se de insatisfação do jogador em relação ao posicionamento que o treinador Christophe Galtier lhe destinava em campo, ao centro, diferente da que desempenhava na Seleção, numa ala.
Porém, o jornal refere que a insatisfação se relaciona com duas semanas de atraso no pagamento do salário de setembro. No dia do PSG-Benfica, a 11 de outubro, em que saiu a notícia bomba de que queria sair em janeiro, ainda não tinha, alegadamente, recebido o salário. Recebeu parte nos dias seguintes, sem justificações. Segundo o jornal, algumas fontes relacionaram o atraso com necessidades de cumprir algumas metas do fair-play financeiro, outras alegaram problemas de tesouraria.
Depois de muita especulação sobre uma saída para o Real Madrid, Mbappé acabou por renovar com o PSG com um contrato milionário, que fez dele o jogador mais bem pago do planeta: receberá mais de 630 milhões de euros se cumprir os três anos de contrato que acordou, havendo preocupações na estrutura sobre se o clube terá condições de manter os salários tão altos.
De acordo com números do Le Parisien a analisar os tais 630 milhões, Mbappé recebe um salário de 70 milhões, tendo acordado um bónus de assinatura de 180 milhões de euros (pago em três parcelas), e um bónus de fidelidade em evolução de 150 milhões de euros nas duas primeiras temporadas (70 para o primeiro ano, 80 para o segundo, mais 90 para o terceiro).
Ainda segundo o L´Equipe, Mbappé nunca tinha passado por uma situação de salários em atraso, o que o terá deixado agastado.