O debate instrutório do processo Operação Lex, que tem 17 arguidos, incluindo o ex-juiz Rui Rangel e Luís Filipe Vieira, começou esta quarta-feira em Lisboa, no Supremo Tribunal de Justiça, presidido pelo juiz conselheiro Sénio Alves.
O Ministério Público (MP) defendeu que o antigo presidente do Benfica deve ser julgado no processo, estando acusado de um crime de recebimento indevido de vantagem.
Na sua apresentação, o procurador Vítor Pinto referiu que Vieira «deve ser pronunciado nos exatos termos por que se encontra acusado», uma vez que os factos «são inquestionáveis» relativamente a um alegado acordo com o então juiz desembargador Rui Rangel.
Defende-se que o antigo juiz recebeu bilhetes para a tribuna presidencial do Estádio da Luz e viagens para assistir a jogos do Benfica no estrangeiro a troco de informações sobre um processo relativo a Vieira que decorria num tribunal de Sintra.