Homem de mensagens, palavras sentidas, Paulo Jorge Pereira não irá deixar de passar as suas ideias, menos de 24 horas depois de Portugal ter sofrido uma derrota pesada com a França que ditou o adeus ao Campeonato do Mundo do Egito, longe das medalhas a que o selecionador nunca teve medo de se candidatar, com a garantia de um 10.º lugar final, a melhor classificação de sempre na prova.
«Pouco antes do jogo com a França, falei com eles e disse que se ganhássemos, gostaria de dedicar a vitória a todos os portugueses que, neste momento, estão a passar mal. Infelizmente, não conseguimos vencer para essa dedicatória, ainda assim conseguimos passar uma mensagem de esperança ao País. Uma mensagem de compromisso de que, quando nos empenhamos, conseguimos elevar o nome de Portugal. E essa foi também a nossa intenção neste Mundial», esclareceu o amarantino de 54 anos.
Com «orgulho dos atletas», o selecionador nacional defendeu ter um «grupo que permite encarar o presente com otimismo» e atirar-se para objetivos ambiciosos. «Se não respeitássemos o nosso potencial, de termos atletas com nível, seríamos cobardes se disséssemos que o objetivo passava apenas por superar a melhor classificação de sempre no Mundial, que foi um 12.º. Podem até dizer que é arrogância minha, mas prefiro ser arrogante do que cobarde. Prefiro que me chamem irrealista, mas defendo que o nosso País podia estar muito mais desenvolvido se mais tivessem este pensamento e não tem a ver com dinheiro. Temos de ser arrojados, procurar os limites. É preciso ter coragem e eu prefiro colocar a expectativa alta do que viver eternamente escondido em objetivos que podem estar aquém do que podemos fazer», sustentou.
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