A derrota desta noite por 0-2 com o River Plate, na segunda mão da meia-final da Libertadores, combinada com uma vitória por 3-0 na Argentina na primeira-mão, levou o Palmeiras à final da Libertadores. Abel Ferreira reconheceu que nesta noite em São Paulo a sua equipa foi dominada, e o River não mostrou fraqueza mesmo quando ficou com um jogador a menos.
«Gosto muito de psicologia. A intensidade do sentimento da perda é o dobro da intensidade do lucro. O jogo hoje era muito mental», disse, sendo que o Palmeiras já foi para o intervalo a perder:
«Na segunda parte eles estavam animicamente mais fortes, é perfeitamente normal. Temos que sofrer, conseguimos a qualificação para a final muito pelo jogo que fizemos na Argentina. No de hoje, o adversário foi superior a nós, não custa admitir. No primeiro fomos muito melhores, podíamos ter feito mais, mas hoje foi o fator psicológico que fez diferença no jogo. Esta foi uma das melhores derrotas que eu e o Palmeiras tivemos na história, foi uma boa altura para perdermos.»
Questionado sobre se este era o maior feito da sua carreira como técnico, Abel foi humilde: «O Gallardo [Marcelo Gallardo, treinador do River Plate] é melhor treinador do que eu, e os jogadores deles são mais experientes do que os nossos. Mas a única maneira de ganhar experiência é assim: vivendo e passando por situações como esta.»
A final será jogada no Maracanã, no dia 30 de janeiro. Esta noite joga-se a outra meia-final, entre Santos e Boca Juniors.
«Agora quero aproveitar, valorizar a final, que foi muito suada, custou muito, tivemos que escalar uma montanha muito grande. Temos que nos preparar para a próxima, não dá para ficar lá em cima. Parabéns aos meus jogadores, são verdadeiros guerreiros, com todas as dificuldades estamos na segunda final para disputar», concluiu.