O selecionador de futebol dos EUA, Gregg Berhalter, de 49 anos, admitiu esta quarta-feira um incidente ocorrido em 1991, quando tinha 18 anos e era caloiro da Universidade da Carolina do Norte, no qual agrediu «com um pontapé nas pernas» no exterior de um bar (após os ânimos terem aquecido no interior) aquela que é sua companheira há 25 anos e mãe dos quatro filhos de ambos, Rosalind.
Uma agressão antiga reavivada e denunciada, a 11 de dezembro de 2022, por Danielle Reyna, mãe do médio Giovanni Reyna (Borussia de Dortmund, Alemanha), que Berhalter levou ao Mundial do Catar-2022 com os EUA… mas que não jogou um minuto.
Danielle, antiga futebolista e seis vezes internacional pelas atuais campeãs do mundo e número um do ranking da FIFA, era, então, a companheira de quarto de Rosalind, há 31 anos, e presenciou não apenas a agressão – da qual apresentou queixa de Berhalter à US Soccer, a federação dos EUA – como também a difícil recuperação de Rosalind de um episódio que deixou marcas psicológicas muito para além das físicas.
«Foi uma disputa animada num bar que se prolongou para o exterior, entre mim, Rosalind e uma pequena amiga, e que se tornou física, em que acabei por lhe dar um pontapé nas pernas», admitiu esta quarta-feira Gregg Berhalter, numa longa publicação neste dia partilhada na sua conta da rede social Twitter a explicar um episódio que voltou à atualidade.
A publicação é assinada por ambos os elementos do casal, Rosalind e Gregg, e decidiram contar a sua versão de uma história que pode custar caro após a participação de Danielle Reyna à federação: a US Soccer abriu uma investigação a Berhalter.
«Só divulgamos estas informações porque terceiros contactaram a US Soccer dizendo terem informações que fariam Gregg deixar o cargo, num esforço para, valendo-se de uma coisa muito pessoal e com décadas colocarem em perigo a relação laboral com a federação», escrevem no ‘tweet’ divulgado.
Em Inglaterra, o site The Athletic.com revelou que os «terceiros» a que aludem, não os identificando, teriam sido, alegadamente, nem mas do que Danielle Reyna, desagradada por ver o filho Giovanni – também filho de… Claudio Reyna, de 49 anos, outro antigo futebolista, médio do Man. City e atual diretor do Austin FC, da Major League Soccer - não sair do banco todo o Mundial do Catar-2022 e, assim, insinuar pressão suplementar sobre o técnico para que fosse utilizado na prova.
Leia, abaixo, toda a explicação do selecionador dos EUA do episódio, no ‘tweet’ partilhado neste dia: