Moto GP Presidente da Dorna volta atrás: afinal, GP de Portugal não está em risco em 2024
24 horas depois, Carmelo Ezpeleta, CEO da Dorna, gestora do Mundial de Moto GP, deu o dito por não dito e recuou na ideia de o Grande Prémio de Portugal de motociclismo estar em risco para 2024, devido às alegadas parcas condições de segurança nas zonas de gravilha.
«A menos que o estado das escapatórias de gravilha seja mudado por completo, não teremos lá o evento no próximo ano. Com a situação atual, que provocou tantas vítimas, Portimão não tem lugar no calendário de 2024. Temos suficientes pedidos de outros países e circuitos. Disse-o de forma clara aos portugueses», referiu o CEO da empresa à revista alemã Speedweek, na quarta-feira.
Já na quinta-feira, em declarações à TSF, Ezpeleta disse ter sido mal interpretado.
«A Comissão de Segurança veio dizer-me que os pilotos se lamentaram muito do tamanho da gravilha nas escapatórias e eu disse-lhes que não se preocupassem, porque o circuito tinha que voltar a ser homologado e não se homologará se não tiver a gravilha nova", afirmou. "Mas isso é o procedimento habitual em todos os sítios. O que é importante é não o tirar do contexto. Neste caso é mudar a gravilha, mas não é para acentuar como se não se fosse fazer, isso foi uma interpretação do jornalista sobre o que se disse na comissão de segurança», disse o espanhol.
Em causa está o tamanho das pedras na zona de gravilha, situação que recolheu queixas de alguns pilotos, alegando que as pedras são demasiado grandes e provocam lesões.
Paulo Pinheiro, CEO do Autódromo Internacional do Algarve, reagiu, também à TSF, desta forma: «Ao longo de 15 anos temos sempre realizado tudo o que é pedido. Se temos que mudar a gravilha, mudamos a gravilha, isso é um não assunto», vincou.