Dakar 2025: prova de fogo para o português João Ferreira
João Ferreira em Mini da equipa X-Raid

Dakar 2025: prova de fogo para o português João Ferreira

AUTOMOBILISMO02.01.202521:14

Entre 13 equipas com portugueses, o novo piloto da Mini X-Raid ambiciona top-10

São 13 as equipas com portugueses no Dakar 2025, que arranca esta sexta-feira: uma nos automóveis, três nas motas, sete nos Challenge e duas nos SSV. A estas formações juntam-se mais dois navegadores e… Paulo Marques, um regresso na vertente M1000, categoria extracompetição para veículos com energias alternativas.

Nos automóveis, competirá apenas João Ferreira, navegado por Filipe Palmeiro, num Mini da X- Raid, que se estreiam na categoria principal Ultimate, depois de dois anos de resultados de destaque nos veículos ligeiros (SSV). O campeão nacional e europeu de todo-o-terreno, e vencedor da Taça do Mundo FIA de Bajas, parte com ambições elevadas. «Há a pretensão de alcançar o top-10, mas para isso é indispensável terminar as etapas, todos os dias. Cumprindo a estratégia de terminar o rali com o mínimo de erros possível, no final ver-se-á a posição na classificação em que ficámos», afirmou João Ferreira.

João Ferreira, com o navegador Felipe Palmeiro, aponta ao top-10 no Dakar

«Estou muito bem fisicamente, nunca estive tão bem, o Filipe Palmeiro tem quase 20 participações e estamos numa equipa vencedora», frisou o piloto.

Nas duas rodas, Rui Gonçalves (Sherco), António Maio (Yamaha) e Bruno Santos (Husqvarna) apontam a resultados importantes. Depois de um ano marcado por uma lesão num ombro sofrida no Dakar 2024, que obrigou a duas intervenções cirúrgicas e a três meses de pausa, Rui Gonçalves garante estar «totalmente recuperado e preparado» para a sua quinta participação na prova. Por seu turno, Bruno Santos enfrenta, aos 37 anos, o Dakar pela segunda vez consecutiva, depois de se ter destacado como o segundo melhor estreante em 2024.

António Maio em Yamaha vai para o sexto Dakar

Mais experiente, António Maio (Yamaha) inicia o seu sexto Dakar, ambicionando os 15 primeiros da geral das motos. «Vou dar o meu melhor para alcançar um bom resultado. Sinto que estou bem preparado e que posso fazer uma boa corrida», declarou o piloto. A estes junta-se, ainda, o luso-germânico Sebastian Buhler (Hero).

Nos veículos ligeiros competem mais nove equipas portuguesas, sete em Challenge e duas em SSV. A estes juntam-se os navegadores Fausto Mota (licença espanhola), ao lado do italiano Enrico Gaspari (Polaris), Jorge Brandão, que acompanha o espanhol Carlos Vento, e Paulo Fiúza, em camião Iveco com o lituano Vaidotas Zala e o neerlandês Max Van Grol na equipa De Rooy.

Por fim, assinala-se o regresso do veterano Paulo Marques, o primeiro português a ganhar uma etapa nas motos, em 1997. A sua última participação foi em 2007, no Lisboa-Dakar, e 18 anos volvidos retorna na vertente M1000, categoria extracompetição, como navegador do japonês Yoshio Ikemachi num SSV movido a hidrogénio.