Bagnaia recusa correr em Valência e está disposto a abdicar do título
Cheias fizeram mais de 150 mortos; Populações isoladas recebem ajuda dos vizinhos; campeão do Mundo diz que «não é ético» correr ali
O Mundial de Moto GP está na Malásia, mas de olhos postos em Valência, onde para daqui a duas semanas está marcada a última prova do campeonato. O problema é que a província onde está situado o circuito Ricardo Tomo foi varrida esta semana por cheias devastadoras – a mais recente contagem aponta para 205 mortos – e houve ainda danos no circuito.
As cheias deixaram vários danos estruturais em casas, estradas, pontes e linhas ferroviárias, com muitas localidades isoladas e sem comunicações e mantimentos.
O campeão do mundo Francesco Bagnaia tomou uma posição de força e afirmou que é contra a realização da corrida em Valência, no fim de semana de 17 de novembro, estando mesmo disposto a desistir de lutar pelo título.
O piloto italiano é atualmente o segundo classificado, a 17 pontos de Jorge Martin. «Depende do local onde a corrida se realizar, porque não me parece correto correr em Valência, em qualquer caso. Espero realmente que tenham em conta que, do ponto de vista ético, do ponto de vista do que está a acontecer, não é a situação certa, não é a coisa certa a fazer. Mesmo à custa de perder o objetivo máximo, que é ganhar o título, não estou disposto a correr em Valência», disse em Sepang.
Esta sexta-feira, o Exército começou a chegar para ajudar, mas entretanto é a população que está a ajudar:
A imprensa espanhola refere que a organização deve, ainda esta sexta-feira, anunciar o cancelamento da corrida e transferir o último grande prémio da época para outro circuito.