Treinador de Sinner e os testes positivos: «Foi um spray, não sabemos como...»
Darren Cahill, treinador de Jannik Sinner (Imago)

Treinador de Sinner e os testes positivos: «Foi um spray, não sabemos como...»

TÉNIS21.08.202413:15

Darren Cahill diz que um spray usado pelo fisioterapeuta terá contaminado o italiano

Darren Cahill, treinador de Jannik Sinner, comentou os dois testes doping positivos que o tenista italiano teve em março, caso do qual acabou por ser ilibado em tribunal, ainda que no circuito ATP tenha perdido pontos e prize-money.

Apesar de ter testado positivo duas vezes – com uma semana de intervalo - em março passado a clostebol, um esteroide anabolizante derivado da testosterona, o tenista número um do mundo foi ilibado por um tribunal independente.

Cahill deu pormenores sobre a versão dos acontecimentos por parte de Sinner - o transalpino terá sido contaminado pelo fisioterapeuta, que usou um produto comprado numa farmácia italiana para tratar um corte no dedo; a contaminação terá acontecido através de massagem sem luvas, mas ambos alegaram que não tinham conhecimento de que o curativo tinha clostebol na respetiva composição.

«Giacomo Naldi, que é o fisioterapeuta do Jannik, meteu a mão num estojo médico e cortou o dedo num bisturi que eles usam para cortar os calos. O Jannik não viu nada, eu também não. O que aconteceu depois foi entre Giacomo e Umberto Ferrara (preparador físico). Umberto tinha um spray, que é muito comum em Itália. Eu nunca tinha ouvido falar dele. Deu-o a Giacomo Naldi para o ajudar, mas havia uma substância nesse spray e houve até casos de desportistas italianos que deram positivo e que usaram esse produto», explicou numa entrevista ao canal ESPN.

 «Ele nunca faria nada de propósito, foi apanhado numa situação infeliz. A verdade veio ao de cima, sem culpa, sem negligência, e esperamos que ele possa pôr isto para trás das costas e melhorar», completou.

De acordo com relato do treinador, o fisioterapeuta continuou a cuidar de Sinner enquanto tratava o dedo, o que causou a contaminação com a substância proibida e o teste positivo. «Toda a gente tem de saber que o Jannik não teve nada a ver com isto. Ele não inalou nada, não tomou nenhum comprimido, não tinha intenção de fazer batota. De alguma forma testou positivo devido a esta ligação. Não sabemos como, mas foi contacto com os pés, uma massagem», argumentou Cahill.

«Foi ele quem mais sofreu com esta situação e foi ele quem teve de ir jogar ténis e participar em torneios de ténis. Por isso, tem sido muito difícil para ele, e tiro-lhe o chapéu por ter conseguido obter alguns dos resultados que conseguiu. Mas há dias em que se pode ver que ele foi testado física e emocionalmente», referiu.

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