Rafa Nadal vira a página: «Não sinto nada quando vejo Djokovic ganhar»
Nadal e Djokovic em 2012, no Open da Austrália

Rafa Nadal vira a página: «Não sinto nada quando vejo Djokovic ganhar»

TÉNIS19.09.202300:36

Tenista espanhol na primeira entrevista desde a pausa de há oito meses na carreira

Afastado dos courts por motivos físicos há oito meses, tendo pausado a carreira esta temporada depois de ter jogado o Open da Austrália, Rafa Nadal voltou às luzes da ribalta com a entrevista desta segunda-feira à MoviStar Plus.

Nos últimos tempos só se tem falado de Novak Djokovic, e com razão, com o número 1 do ranking mundial a continuar a mostrar fome insaciável de títulos, mas no que diz respeito a Nadal a rivalidade com o sérvio... já ficou na história e no passado. 

«Não sinto nada quando vejo Djokovic vencer. Gostava de ser o tenista com mais Grand Slams da história, é disso que se trata o desporto. Mas não é uma obsessão, não estou frustrado por alguém estar melhor que eu. Acredito que, dentro das minhas possibilidades, fiz o meu melhor para que as coisas corressem o melhor possível», disse Nadal durante a entrevista.

Tenho sido ambicioso, mas com uma ambição saudável que me permitiu ver as coisas com perspetiva e não ficar muito zangado quando as coisas não estavam a correr bem

Nadal, aliás, elogiou o sérvio por levar a sua ambição ao máximo. «Acho que para Djokovic teria sido uma frustração não consegui-lo, e talvez seja por isso que ele o conseguiu. Teve a capacidade de amar, levou a ambição ao máximo. Tenho sido ambicioso, mas com uma ambição saudável que me permitiu ver as coisas com perspetiva e não ficar muito zangado quando as coisas não estavam a correr bem para mim. São culturas. Estou feliz com isso», acrescentou.

Nadal, de resto, não fugiu à pergunta para 1 milhão de doláres: quando regressa aos courts

«Disse que possivelmente 2024 podia ser o meu último ano. Mantenho-o, mas não o posso confirmar a cem por cento. Creio que há muitas possibilidades de acontecer, porque sei como está o meu físico, mas como estará daqui a quatro meses não sei. Não tenho claro o que farei em 2024, porque pode mudar consoante os objetivos que tenha. Não conseguir recuperar-me é uma coisa, mas poder competir a um nível que me faça sonhar é outra», argumentou.