Selecionador Nacional, Paulo Pereira, confessou estar orgulhoso dos seus jogadores que ainda não perderam no Mundial de andebol e seguem com o máximo de pontos (4) para o 'main round'. Pode haver igual, mas melhor não
Portugal somou a terceira vitória consecutiva, em outros tantos jogos no Mundial de andebol que está a realizar-se na Noruega e esta noite derrotou (31-28) os anfitriões de forma clara, deixando orgulhoso o treinador. «Vi hoje aqui em alguns atletas fazerem coisas que nunca tinha visto. Portanto, isto só acontece quando a vontade de ganhar é enorme, uma coisa que quase que nos ultrapassa. Estou muito feliz uma vez mais e muito orgulhoso destes atletas. Acho que podemos ir muito longe. Agora é um jogo de cada vez outra vez e continuamos a pensar no nosso objetivo que é são os quartos final», recordou Paulo Pereira.
Seleção Nacional venceu os três jogos da fase de grupos do Mundial de andebol, o último frente aos anfitriões (31-28) e segue com quatro pontos para o 'main round', onde já tem à espera Suécia e Espanha. Capdeville e Salvador Salvador estiveram implacáveis
Portugal em Mundiais de andebol
1997 Japão (19.º) 2001 França (16.º) 2003 Portugal (12.º) 2021 Egito (10.º) 2023 Polónia/suécia (13.º) 2025 Noruega/Dinamarca/Croácia -
«Há sempre alguma coisa que podemos fazer melhor. Mas nós entramos no jogo defensivamente de uma forma extraordinária, com o Capdeville a ajudar. Nós conseguimos parar alguns movimentos básicos que eles têm, que são demolidores, em termos do que é a finalização da primeira linha. Conseguimos pará-los. Depois, pouco a pouco, à medida que o jogo vai evoluindo, há pequenos detalhes que começam a falhar, nomeadamente a recuperação defensiva. Estamos a jogar contra uma das seleções que são das melhores do mundo a fazer transição ofensiva. Conseguimos parar imensas transições e não conseguimos pará-las todas, que isso é impossível», analisou o treinador, 59 anos.
O guarda-redes da Seleção Nacional de andebol, Gustavo Capdeville, acredita que a equipa tem agora mais hipóteses de concretizar o sonho de chegar aos quartos de final do Mundial 2025
«Depois, na segunda parte, creio que também foi chave a utilização que estava prevista, dos dois canhotos com, eventualmente, o Salvador ou o Martim Costa. O Salvador começou para dar um pouco de repouso ao Martim Costa e já não saiu porque fez um jogo fantástico outra vez. O João Gomes também», elogiou.
Com muitos jogadores de Sporting em campo, o melhor é aproveitar o que já está bem feito. «Jogámos com dois canhotos, com rotinas que eles também têm do Sporting. Portanto, nós tínhamos uma ideia básica, que era ter o pivot longe, com espaços, individualizar defensores, para começar uns contra uns, da direita para a esquerda. E, portanto, foi a ideia básica e depois ainda houve mais alguma, mas creio que isso também foi chave para o jogo, para dar a volta ao resultado. Conseguimos dar a volta ao resultado quando estávamos a perder por 3 após esse time-out», rematou.