Lobos passam primeiro teste africano

Lobos passam primeiro teste africano

RÂGUEBI13.07.202417:19

Portugal vence a Namíbia por 37-22. Primeiro encontro da digressão por África. 50 jogos de Francisco Fernandes. Estreante Domingos Cabral de pé quente e Vareiro também veste pela primeira vez a camisola da Seleção sénior.

Em Windhoek, capital namibiana, no Estádio Hage Geingob, perante 3325 espetadores, a Seleção de râguebi venceu a Namíbia por 22–37 e passou com distinção o primeiro teste na digressão africana, ganhando um balão de oxigénio e confiança antes da grande e inédita batalha frente à bicampeã mundial África do Sul, no próximo dia 20, em Bloemfontein, a 400 quilómetros de Joanesburgo.

O encontro marcou a 50.ª internacionalização do pilar Francisco Fernandes, de 38 anos, e ditou a estreia de Domingos Cabral, autor de 17 pontos, 4 conversões e 3 penalidades e igualmente responsável pelo pontapé (cross-kick) que colocou nas mãos do mundialista Rodrigo Marta o primeiro de 4 ensaios do XV português.

Nicolas Martins (40 minutos), Paiva dos Santos (50’) e Cardoso Pinto (65’) fizeram os restantes toques de meta dos lobos.

Sem olhar a resultados e mais focado na preparação para o Rugby Europe Championship 2025, torneio que serve de apuramento para o Mundial de 2027, conforme confessou ao Jornal A BOLA, Simon Mannix, selecionador de Portugal, qualificou esta digressão a África na janela de verão da World Rubgy, como uma viagem da descoberta e colocou, a priori, as fichas na partida frente à Namíbia (23.ª do ranking mundial).

Uma aposta em boa hora. Portugal somou a terceira vitória em nove encontros entre as duas seleções, e, acima de tudo, convenceu no primeiro jogo do selecionador de nacionalidade neozelandesa.

A seleção africana chegou aos 6-0 após duas penalidades concretizadas pelo médio de abertura, Tiaan Swanepoel, responsável por 14 pontos, 4 penalidades e uma conversão, considerado o Homem do Jogo, marcou um ensaio (Max Katjitjeko) aproveitando a tardia adaptação do XV português «ao vento na primeira parte, à altitude e à secura [tempo quente e pouca humidade]», assumiu no final Tomás Appleton, capitão dos lobos.  

 Portugal (16.º da hierarquia), foi para o intervalo na frente do marcador (13-17). Nos segundos 40 minutos, aumentou a vantagem com dois ensaios entre os postes dos velocistas, Paiva dos Santos e CP e através dos pontapés do jovem jogador da Agronomia. Uma pontaria que só não foi 100 por cento eficaz porque falhou uma penalidade logo no reatamento. Manuel Vareiro, outro estreante entre os lobos, viria a fechar o resultado final numa penalidade.

 «Foi um jogo difícil. Houve várias coisas em que podemos olhar», afirmou Tomás Appleton, aproveitando para elogiar a equipa da Namíbia.