Euro-2025: Portugal perde mas apura-se para a fase final de qualificação

Basquetebol Euro-2025: Portugal perde mas apura-se para a fase final de qualificação

BASQUETEBOL26.02.202318:30

Apesar da derrota ante a Bulgária, em Botevgrad, por 90-82 (19-19, 24-21, 27-18, 20-24), Portugal beneficiou da vitória conseguida por dez pontos (88-78) em Coimbra, em novembro, na 1.ª volta da 3.ª ronda de pré-qualificação para o Europeu-2025, e ao terminar o Grupo F no 1.º lugar apurou-se diretamente para a fase final de qualificação que envolverá 32 seleções e serão reduzidas às 20 que se juntarão aos coorganizadores Finlândia, Polónia, Letónia e Chipre.

Acabou por ser um final incrivelmente emocionante e recheado de incertezas depois dos anfitriões terem chegado à diferença máxima de 17 pontos (84-67) a 4.50m do fim.

O imparável Aleksandar Vezenkov (4 res, 2 ass), estrela do Olympiakos na Euroliga, que marcou 19 dos seus 32 pontos no 1.º tempo, e Pavlin Ivanov (18), apoiados pelo base Codi Miller-McIntyre (10 pts, 6 res) pareciam ter as coisas controladas e Portugal sem uma movimentação ofensiva sólida.

Sobretudo na hora de lançar ao cesto, face à pressão sobre bases e extremos lusos desde o final da 1.ª parte, momento em que os búlgaros assumiram definitivamente o comando (41-38) a 1m do intervalo (43-40),

Então o que já não parecia possível aconteceu e com Travante Williams (21) incansável a perturbar e defender, os homens liderados por Mário Gomes deram a volta à qualificação ao construírem um sensacional parcial de 6-15 aproveitando sucessivos erros do adversário, que incluíram duas faltas antidesportivas de Miller (42s do fim) e Vezenkov (5,9s) na tentativa de recuperarem bola perdidas, assim como passos de Pavlin Ivanov (9s) perante a intervenção de Travante sobre a bola.

Pelo meio, nos derradeiros 42s, deu até para Diogo Ventura (16 pts, 3 res) e Rafael Lisboa (10 pts, 4 res, 4 ass) deixarem o nervosismo ainda mais à flor da pele ao falharem, respetivamente, dois e um lance livre, que poderiam ter alcançado mais cedo a necessária diferença máxima de 10 pontos, pois Portugal teria sempre vantagem face aos búlgaros na contabilização de pontos marcados e sofridos nesta fase.

Acabou por ser Lisboa a selar o resultado com um segundo lance livre certeiro quando restavam 4s no cronómetro e sem que na resposta Miller-McIntyre fosse bem-sucedido num desesperado triplo sob o apito final.

Na Seleção, destaque ainda para Miguel Queirós (15 pts, 7 res) que nos 37 minutos em campo não só deu preciosa ajuda na luta das tabelas, onde ganhou 4 ressaltos ofensivos, como trouxe quase a única solução para que os donos da casa não se tivessem de preocupar apenas com os jogadores nacionais do perímetro.

Com 19 pontos, Chavdar Kostov (4 res), foi outras das figuras da Bulgária, mas depois de ter convertido 11 pontos no 3.º quarto, em que pela primeira vez a diferença ultrapassou as dezenas, no último desapareceu e não marcou qualquer cesto.