Escaldante dérbi de Champions em Alvalade
Sporting e Benfica defrontam-se esta quarta-feira (19h30) no Pavilhão João Rocha em jogo em atraso da 2.ª jornada do Grupo B da Liga dos Campeões. Treinadores analisam duelo que se antevê emocionante
Sporting e Benfica defrontam-se esta quarta-feira à noite (19h30) para a Liga dos Campeões no Pavilhão João Rocha, num dérbi entre o líder do campeonato português, a equipa leonina, e o primeiro classificado do grupo na Champions, a formação encarnada. Duelo que o treinador dos leões considera «vital» para as aspirações da sua equipa na principal competição europeia de clubes, após o imprevisto empate caseiro recente com os espanhóis do Calafell.
«No início da fase de grupos só olhávamos para o primeiro lugar. Agora, depois do empate contra o Calafell, o que queremos é garantir a qualificação e para o fazermos precisamos de ganhar os jogos em casa. Não há alternativa, são três pontos vitais. Não queremos jogar condicionados por isso, queremos jogar bom hóquei, com o nosso ADN e personalidade perante o nosso público. Essa combinação pode-nos fazer ganhar o jogo», assumiu Alejandro Domínguez em antevisão ao jogo com o arquirrival, cujo técnico confia na subida de rendimento da sua equipa comparativamente ao da última visita ao recinto sportinguista, em partida da primeira volta do Campeonato, que resultou em derrota por 3-2.
«Temos trabalhado nesta fase para aumentar os índices de performance. As primeiras sensações são positivas e esperamos dar continuidade a este crescimento da equipa e fazer um bom resultado, que nos seja conveniente para as nossas ambições, que para já é chegar aos quartos de final da Liga dos Campeões», afirma Nuno Resende.
O treinador do Benfica acredita que a disponibilidade de jogadores como o argentino Pablo Alvarez e o francês Roberto di Benedetto, ausentes por lesão nesse encontro em Alvalade, é uma mais-valia para o seu conjunto. «Recuperámos os jogadores que estavam indisponíveis por lesão, corrigir alguns processos de jogo e restabelecer a nossa identidade, algo que causou resultados menos bons em dezembro. Esperemos que a malapata das lesões nos deixe em paz, porque tem sido nefasta para o que consideramos serem os equilíbrios da equipa», refere Resende.
O seu homólogo do Sporting concorda com a importância desses regressos no oponente, mas concentra-se em argumentos próprios. «Já passaram muitos jogos desde os dérbis na Elite Cup [Benfica venceu por 4-3] e na primeira volta do Campeonato. Eles recuperaram um jogador importantíssimo, que lhes dá muitos golos e assistências, o Pablo [Álvarez], mas não olhamos muito para o histórico dos confrontos, mas ao que podemos fazer para ganhar ao Benfica, para os seus pontos fortes e tentar fazer com que não consigam usá-los. Será um jogo muito difícil, sabemo-lo, mas estamos com grande vontade de vencer perante o nosso público», sublinha Domínguez, cujo respeito pela formação antagonista é partilhado por Nuno Resende.
«Tentámos perceber as evoluções do sistema de jogo do Sporting, ajustámo-nos defensiva e ofensivamente e procuraremos explorar o que cremos ser alguns processos defensivos do adversário que não serão fraquezas, mas pontos menos fortes», esmiuçou o treinador do Benfica, que estabelece objetivos para a Liga dos Campeões.
«Uma equipa como o Benfica, que joga o melhor campeonato do mundo, o português, em que é campeão e joga para revalidar o título, é claramente favorita em todas as competições. Para já, iremos por fases. Primeiro a qualificação para os quartos de final, depois às meias, e então apontar à vitória final na Champions. Entrar para vencer sempre está no ADN do clube».