Em Berlim para tentar derrubar um muro

Sporting defronta o líder da Bundesliga, detentor da Liga Europeia e vice-campeão do Mundo de clubes, em jogo da segunda jornada da main round

Líder do campeonato mais forte do Mundo. Vice-campeão mundial de clubes. Detentor da Liga Europeia, prova na qual perdeu apenas um jogo nos últimos… 23.

O currículo impõe respeito. Os nomes dos jogadores, idem. O percurso desta época é assustador.

Mas o Sporting precisa de esquecer tudo isso no momento de entrar em campo. Porque só dessa forma pode ambicionar derrubar o muro com que se vai deparar em Berlim.

Pela frente, os leões terão o Fuchse que, por tudo o que foi dito anteriormente, é o mais forte candidato a conquistar a segunda prova mais importante do andebol europeu. Como reconhece Ricardo Costa, de resto.

«Certamente será um jogo muito difícil diante de uma das melhores equipas do mundo, recheada de grandes jogadores. Entre eles, para mim, está o melhor jogador do mundo da atualidade, o Mathias Gidsel, lateral direito dinamarquês», começou por sublinhar, em declarações ao site do Sporting. «Mas têm muito mais. «Têm um guarda-redes de topo [Dejan Milosavljev], uma defesa muito difícil com quatro jogadores de dois metros em zona central, um contra-ataque demolidor e um ataque posicional com muito um contra um», acrescentou.

Ora, com o apuramento para a fase seguinte encaminhado, o Sporting, 2.º classificado, sabe que qualquer ponto somado diante do líder do grupo poderá fazer diferença para assegurar a melhor posição possível, e Ricardo Costa revela ambicionar roubar a liderança ao gigante alemão.

«Queremos olhar mais para nós e para o que somos capazes de fazer, colocar o nosso jogo e as nossas ideias. Temos uma grande defesa que pode parar alguns dos melhores jogadores do mundo e no ataque também achamos que lhes podemos colocar dificuldades. Podemos sonhar com fazer um bom jogo em Berlim e tentarmos ficar em 1.º lugar no grupo. Gostamos de passar a ideia de que podemos vencer qualquer adversário e acho que somos capazes e temos ferramentas para o fazer», rematou.