«Cheguei ao Benfica com um filho e duas malas»
Carlos Nicolía deixou o Benfica ao fim de 10 épocas
Foto: IMAGO

«Cheguei ao Benfica com um filho e duas malas»

Carlos Nicolía recordou transferência para os encarnados em 2014/15

Carlos Nicolía, jogador de hóquei em patins que anunciou o adeus ao Benfica ao fim de 10 épocas no clube, passou em revista alguns momentos da carreira, numa entrevista ao podcast Final Cut, incluindo o momento em que reforçou as águias, em 2014/15.

«Cheguei ao Benfica com um filho e duas malas. O meu filho tinha dois anos e meio e cheguei a um clube que nunca pensei ter a dimensão que tinha. Sabia que o Benfica era enorme, mas não no sentido familiar, é um clube muito simples», afirmou.

O internacional argentino elogiou Tiago Pinto, então diretor-geral que começou nas modalidades - «O Tiago Pinto é o meu ídolo, porque vi que se pode fazer a diferença, mesmo como dirigente e como pessoa, sem aparecer» - e abordou o final de carreira.

«Não sei se este é o final da carreira. Sei que está próximo, pela idade e pelos anos que tenho no hóquei em patins. Só que o rendimento desportivo é a questão principal, porque digo que o próximo ano é o último e sinto-me cada vez melhor. Digo muitas vezes que me sinto fisicamente melhor com 38 anos do que me sentia com 20. Sou jogador, não sou ator, nem político», sublinhou.

Ponto final, para já, só no capítulo Benfica, que confirmou aquilo que o hoquista suspeitava: «Nesta estrutura do hóquei senti-me muito mais fora do que dentro (...) Treinei e competi até ao último dia para ganhar o meu lugar no clube onde quero estar.»

Nicolía comentou ainda a realidade das modalidades dos encarnados - «não são do clube, são dos sócios… porque não dão dinheiro, são pagas com o suor dos sócios que pagam as quotas» - e criticou a política salarial do clube, assim como «mordomias» que considerou desnecessárias.