Basquetebol Benfica volta a derrotar Póvoa, está nas 'meias' mas ainda sem adversário conhecido
Com uma tranquila vitória ante o Póvoa por 72-93 (18-32, 17-17, 16-24, 21-20) sem que alguma vez tenha estado em desvantagem, o Benfica resolveu os quartos de final do play-off com 2-0 e é a primeira equipa a qualificar-se para as meias-finais da Liga Betclic 2022/2023. No entanto, terá de esperar até terça-feira para conhecer o adversário pois, também esta tarde, a Ovarense bateu a Oliveirense no Jogo 2 por 82-74 (20-19, 23-17, 19-15, 20-23) igualando a série a 1-1.
Para quem, certamente, ambicionava obrigar que a série regressasse à Luz e levar os campeões à negra, o Póvoa, que quarta-feira, no Jogo 1 (97-46), havia encontrado os encarnados a começar a partida sem pressas, foi surpreendido pela velocidade e pressão defensiva dos homens de Norberto Alves.
Quando, finalmente, conseguiram o primeiro cesto através do suplente Federico Ucles (8 pts, 3 ress), que, entretanto, José Ricardo Rodrigues colocara em campo num urgente desconto de tempo, perdiam já por 2-16 em apenas 3.06m.
Era demasiado. Até porque, 12 desses pontos haviam vindo de triplos e três com assinatura de José Silva. Chamado ao cinco inicial no lugar habitualmente ocupado por Ivan Almeida ou James Ellissor (não convocado), o extremo, converteu 12 dos seus 19 pontos até ao intervalo, terminando com 5/9 para lá da linha dos 6,75m.
Ao fechar do período inaugural, mais dois lançamentos de três de Ivan (21 pts, 5 res, 5 ass), que fez 4/7 em triplos, e outro de João Gomes (5 pts, 6 res, 4 ass) mantinham o fosso nos 14 (18-32), com os poveiros, depois da entrada de Diogo Gomes (14 pts, 2 res, 4 ass), a tentar reorganizaram-se dos dois lados do campo.
A defesa mais agressiva do Póvoa e os bloqueios no ataque para levar a trocas defensivas e mais espaços na área, assim como o elevar do ritmo da partida, proporcionou o estilo de jogo com que nos nortenhos gostam de perturbar as águias e um parcial de 9-0 (31-39) deixou a expectativa que, afinal, tudo ainda era possível.
Não por muito tempo já que, obrigado a solicitar um time-out, Norberto não permitiu que o Benfica continuasse num certo desnorte e à procuta de soluções individuais. Terrell Carter (14 pts, 9 res, 2 ass) impôs novamente o seu peso junto à tabela e antes da ida para os balneários novo triplo de José Silva ajudou a colocar a diferença acima das dezenas: 35-49.
Na 2.ª parte, durante a qual Ivan Almeida alimentou-se das picardias em que gosta de atuar e das provocações vindas das bancadas, elevou a velocidade do jogo, apanhado sucessivamente os defensores em contrapé.
Os lisboetas nunca mais permitiram que a vantagem baixasse dos 11 (44-55) e com toda a equipa a rodar, chegaram a liderar, em duas ocasiões, por 27 (61-88, 65-92). A última a 2.59, do apito final. Altura em que muitas vezes já era cada um por si.
No Póvoa, destaque-se ainda as ações de Cameron Oluyitan (14 pts, 9 res, 2 ass), Christopher Tawiah (13 pts, 8 res, 2 ass) e João Embaló (12 pts, 5 res), que tentaram contrariar a maior capacidade do forasteiros. O problema é que, por vezes, só a vontade não basta.
Já na Arena de Ovar, onde os donos da casa também nunca estiveram em desvantagem no placard, salvo Cristóvão Cordeiro (2 pts, 3 res, 4 ass), todos os elementos do cinco inicial responderam ao momento decisivo de ganhar ou entrar de férias e terminaram com mais de dez pontos – Redner Woods (11 pts, 3 res, 4 ass, 3 rbl), Isaiah Johnson (11, 5 res, 7 ass, 2 rbl), Rodrigo Soeiro (11 pts, 3 res, 4 ass) – com destaque para os 25 pontos de Jacoby Armstrong (7 res), com 7/14 em lançamentos de 2 e 2/3 em triplos.
Darius Carter (17 pts, 6 res), Arnette Halman (14 pts, 6 res) e Troy Simons (14 pts, 6 res, 4 ass) foram os mais produtivos da Oliveirense que, terça-feira, disputa em casa o Jogo 3.