Tour: Philipsen vence 13.ª etapa ao sprint
O belga da equipa Alpecin-Deceuninck cortou a meta à frente do seu compatriota Wout Van Aert e do alemão Pascal Ackermann. O camisola verde Biniam Girmay termina à porta do pódio; João Almeida mantém-se em quarto lugar
O ciclista belga Jasper Philipsen (Alpecin-Deceuninck) venceu a segunda etapa na 111.ª Volta a França, impondo-se ao sprint no final da 13.ª etapa, o que não provocou alterações na classificação geral onde o esloveno Tadej Pogacar (UAE Emirates) continua a liderar com o português João Almeida em quarto lugar.
O dia começou com uma má notícia. Depois de uma queda a cerca de 12 quilómetros da meta, esta quarta-feira, Primoz Roglic não conseguiu ultrapassar as visíveis mazelas no ombro direito e anunciou o abandono da Volta a França numa altura em que seguia no sexto lugar da classificação geral.
A13.ª etapa que voltava a chamar pelos velocistas, oferecia 165,3 quilómetros entre Agen e Pau com duas contagens de montanha de quarta categoria e um sprint intermédio. A tirada começou com uma pseudo fuga de 21 ciclistas, onde estava o português Rui Costa, e acabou por confirmar novo abandono: Juan Ayuso, colega de João Almeida na Emirates que testou positivo à Covid-19, até iniciou a etapa por ter tido luz verde da equipa médica mas acabou por desistir.
A fuga resistiu e com pouco mais de 60 quilómetros para o fim seguiam quatro solitários na frente com um minuto para o pelotão. Foi o momento em que o grupo onde seguia Tadej Pogačar, Remco Evenepoel e Vingegaard decidiu acelerar e apanhar os fugitivos. Apesar das ameaças que se seguiram, a única tentativa bem sucedida foi a de Jasper Philipsen, que sobreviveu a uma queda no pelotão no último quilómetro e conquistou a segunda vitória no Tour depois de já ter sido o primeiro a chegar a Saint-Amand-Montrond, na 10.ª etapa.
«Demos o melhor desde o início e nunca diminuímos o ritmo. O vento cruzado deu emoção à etapa. Tínhamos dois ciclistas na frente - Mathieu van der Poel e Axel Laurance - mas o pelotão continuou a perseguição e eu acreditei nas minhas hipóteses de vitória no sprint. O Christophe Laporte fez a arrancada perfeita para o Wout van Aert, mas eu estava na roda dele e consegui ultrapassá-lo.», contou satisfeito Philipsen. «Hoje tive as melhores sensações desde o início do Tour. Não começámos da melhor maneira, mas conseguimos virar o jogo a nosso favor. Mas quero mais. Vamos ver dia a dia até onde isso nos leva. De qualquer forma, estou super feliz», assumiu o belga.
Wout van Aert e Pascal Ackermann completaram o pódio, com Biniam Girmay a ser quarto e Tadej Pogačar a terminar em 9.º, mantendo a camisola amarela com um minuto e 16 segundos de diferença para Remco Evenepoel e um minuto e 14 segundos para Jonas Vingegaard. João Almeida cruzou a meta em 52.º e manteve o quarto lugar da geral.
Os corredores foram cortando a meta a conta-gotas, mas a maioria recebeu o mesmo tempo do vencedor, nomeadamente Almeida e Nelson Oliveira (Movistar), que hoje subiu à 40.ª posição da geral, a 01:02.50 horas de Pogacar.
Já Rui Costa (EF Education-EasyPost) foi 90.º, a 04.21, e está cinco lugares depois de Oliveira na geral, que promete sofrer uma pequena revolução no sábado, após os 151,9 quilómetros entre Pau e o alto do Pla d'Adet, onde a meta coincide com uma contagem de categoria especial, e que incluem ainda ascensões ao mítico Tourmalet e a Hourquette d’Ancizan, com as três montanhas concentradas na segunda metade da 14.ª etapa.
Sábado é dia de espetáculo no Tour, com os 151,9 quilómetros entre Pau e o alto do Pla d'Adet a apresentarem ascensões ao mítico Tourmalet e a Hourquette d’Ancizan.