Atletismo «Recuperar e entrar em modo ‘Patrícia beast’ para os Mundiais»

Um dia depois de falhar a revalidação do título no triplo salto, Patrícia Mamona assumiu, mais a frio, que o bronze acaba por ser o metal merecido – e possível, tendo em conta as condicionantes físicas – nos Europeus de pista de coberto que este domingo terminam em Istambul, na Turquia.

«Agora, mais consciente, percebo que era o resultado que merecia. Ver a turca (Tugba Danismaz, medalha de ouro) e ouvir o hino (da Turquia), foi emocionante. Pensamos em tudo o que passou nestas duas semanas… está de parabéns. O bronze… faz parte do percurso de uma atleta. Tenho muitas derrotas e muitas vitórias, este foi mais um obstáculo. A minha personalidade é lutar até ao fim, sabendo que não estava bem», disse, depois de subir ao pódio para receber a medalha, recordando a lesão sofrida na qualificação:

«Não está bem. Vou tirar a semana para descansar, não me sinto muito bem, mas estou feliz pela adrenalina de ontem. Faz parte da carreira de uma atleta. As dores são normais, a vida também é assim. Tento sempre pensar de forma positiva e olhar para o lado bom das coisas. Levo mais uma medalha para juntar à minha coleção e estou muito feliz por tudo o que conquistei. Vou pensar que ainda tenho muito para dar. O recorde nacional [15,01 metros, que lhe pertence] está-me entalado na garganta porque sei que posso dar um pouco mais, mas melhores dias virão.»

Esses melhores dias podem chegar em agosto (de 19 a 27), em Budapeste, palco dos Mundiais de atletismo: «A recuperação está em primeiro lugar e, assim estiver preparada, vou entrar modo ‘final do mundial’ e em modo ‘lutar pelas medalhas’. A competição tem sido espetacular, é assim que eu gosto - quanto mais puxam por mim, mais eu dou. Vou entrar em modo ‘Patrícia beast’, ‘Patrícia monstro’. Primeiro recuperar, depois pensar nos Mundiais.»