Portugueses «vazios» e «sem pernas» no Mundial

Portugueses «vazios» e «sem pernas» no Mundial

Rui Costa foi 42.º classificado e o melhor corredor da seleção portuguesa na corrida de fundo do Campeonato do Mundo, em Zurique. Com Nelson Oliveira, na 55.ª posição com o mesmo tempo do compatriota, foram os únicos lusos a concluir a prova. João Almeida sofreu queda

Rui Costa foi o português mais bem classificado na corrida do Mundial de fundo, na 42.ª posição, a 12.09 minutos do novo campeão Tadej Pogacar, concluindo a prova num pelotão em que se incluiu o compatriota Nelson Oliveira (55.º, com o mesmo tempo).

«Dei o máximo, mas a condição física não era a melhor. Não estou satisfeito com o resultado, mas dei o meu melhor. Soube a pouco, porque queremos sempre estar nos lugares cimeiros de um Mundial, mas as pernas não deram mais», disse Rui Costa, citado pela Federação Portuguesa de Ciclismo.

Nelson Oliveira considerou que, «como se esperava, foi uma corrida bastante dura», em que tentou «seguir o grupo da frente o mais possível», declarou. «Mas houve um momento da corrida, já nas duas voltas finais, em que fiquei completamente vazio. A partir daí foi lutar para terminar a corrida, o que, hoje, já não era fácil», acrescentou o corredor de 35 anos.

O selecionador nacional de ciclismo masculino, José Poeira, assumiu que este não foi o resultado que a equipa queria, mas «as circunstâncias da corrida não permitiram» que Portugal estivesse na discussão pelos lugares cimeiros.

«O Rui Costa e o Nelson Oliveira voltaram a provar a consistência que todos lhes reconhecemos, apesar de não estarem na máxima condição, o Rui devido à paragem após a queda na Vuelta e o Nelson devido a uma época muito longa e preenchida», considerou o técnico.