Oshrine faz a festa no Open de Portugal, Melo Gouveia acaba 'top-10'
Golfista americano consegue primeira vitória no Challenge Tour um dia após celebrar o 29.º aniversário. Tomás lamenta não ter tido a estrelinha nos últimos buracos para poder ter lutado pela vitória.
Tomás Melo Gouveia terminou, este domingo, no 10.º lugar o Open de Portugal, após ter figurado em segundo no Royal Óbidos Spa & Golf Resort, onde o americano Matt Oshrine ganhou a competição um dia após o 29.º aniversário.
«Vinha a jogar muito bem, sem erros e com muita paciência. Consegui fazer alguns putts até ao buraco 13. No 14, para mim, é muito difícil o shot ao green. Dei um drive incrível, estava no melhor sítio possível e vacilei um bocado no segundo shot. Fiquei num sítio impossível e acabei por fazer bogey. Depois, no buraco 15, pensava que tinha taco para chegar à bandeira e por um metro não passou [água]. Dois metros para a esquerda e tinha ficado muito perto do birdie. É a estrelinha. Para se ganhar precisamos dessa estrelinha, não aconteceu hoje, mas faz-me acreditar que consigo estar entre os melhores», explicou o português.
Até cometer dois erros em buracos sucessivos, o golfista algarvio somava hoje cinco pancadas abaixo do Par, graças a cinco birdies (uma abaixo) nos buracos 2, 7, 9, 11 e 13, mas o bogey (uma acima) e o double-bogey (duas acima) foram fatais e provocaram uma queda no leaderboard da prova do Challenge Tour, que levou ao traçado de Seve Ballesteros centenas de pessoas.
«É a minha primeira vez entre os líderes nos segundos nove buracos no domingo. Estou muito orgulhoso. Não correu como queria, mas é uma semana muito positiva, numa altura da época em que estou com alguma pressão para obter resultados. Esta semana é muito importante», sublinhou o algarvio, que vai ascender ao 65.º lugar no ranking do Challenge Tour, depois de completar as quatro voltas com 277 pancadas, sete abaixo do Par.
Entre os restantes portugueses que passaram o cut, Pedro Figueiredo terminou empatado na 33.ª posição, com um agregado de 281 pancadas (-3), enquanto Ricardo Santos e Hugo Camelo Ferreira tiveram uma participação mais discreta.
Já o americano Matt Oshrine, celebrou no sábado o 29.º aniversário e hoje fez a festa com a conquista do primeiro título do Challenge Tour, ao levar a melhor no traçado da região oeste com um total de 273 pancadas, 11 abaixo do par.
«É um bom presente de aniversário. Nos últimos dois anos joguei a escola de qualificação por esta altura e normalmente faço bons resultados, este é definitivamente um deles. Foi um bom fim de semana de aniversário e não podia pedir melhor», confessou Oshrine.
Com uma volta repleta de altos e baixos, graças a cinco birdies e três bogeys, o americano beneficiou, de certa forma, do desacerto na reta final do italiano Stefano Mazzoli e do sul-africano Robin Williams, que comandavam até então, e acabou por se sagrar campeão e embolsar o prémio de 43 mil euros.
«Vencer é difícil, seja a que nível for. Faz algum tempo desde a minha última grande vitória. Esta época tive algumas hipóteses no fim de semana, mas não joguei bem e hoje foi bom continuar na luta nos últimos nove buracos. Tentei aguentar-me e é uma sensação incrível vencer. Há muito tempo que ando a trabalhar arduamente e é bom quando o trabalho compensa», completou o sucessor do inglês Marco Penge no palmarés do Open de Portugal.