4 agosto 2024, 09:30
Treina o Benfica e ajudou a calar 7.800 franceses em Paris
João Eduardo Marques, adjunto de Jota González nas águias, integra também a equipa técnica do Egipto
Mohamed Aly vai ser reforço do Sporting, mas antes disso procura fazer história pelo Egipto
PARIS – Não há palco maior para um atleta mostrar valor do que uns Jogos Olímpicos. Afinal, trata-se da maior competição desportiva do mundo.
E Mohamed Aly, anunciado há cerca de um mês como reforço do Sporting, está a aproveitar bem essa exposição. Apesar de ter chegado a Paris como provável segunda escolha para a baliza da equipa de andebol do Egipto, o guardião de 33 anos tem vindo a conquistar espaço, fruto das exibições de grande nível que fez diante, por exemplo, dos dois finalistas do último Europeu: Dinamarca e França.
Depois de ter somado 11 defesas 21 remates na segunda parte da derrota frente ao conjunto nórdico, o treinador espanhol Juan Carlos Pastor entregou-lhe a baliza para o jogo com a equipa da casa, relegando para o banco o habitual titular, Karim Hendawy.
E a resposta de Aly foi tão afirmativa que jogou os 60 minutos, alcançando uma incrível percentagem de 50 por cento, com 10 defesas que por muito pouco não ditaram o triunfo egípcio, mas valeu o empate (26-26). E assim, o novo reforço dos leões confirmou o estatuto de uma das grandes surpresas do torneio olímpico de andebol.
No final, em conversa com A BOLA, o guardião assumiu que apesar de ter sofrido o golo do empate no último segundo, o resultado foi positivo para os faraós que praticamente selaram o apuramento para os quartos de final (entretanto já confirmado).
«Felizmente consegui uma boa exibição. Fizemos o nosso máximo para ganhar o jogo, mas em Paris, com todos estes adeptos, era duro. Havia muita pressão, porque eles perderam os dois primeiros jogos e precisavam de conseguir um resultado positivo. São uma seleção com jogadores incríveis e apesar de termos estado quase sempre a ganhar, acabou por ser um bom resultado, contra uma das melhores equipas do mundo», resumiu.
Com o apuramento para a fase seguinte alcançada e o sonho das medalhas vivo no seio da equipa de uma das maiores potências do andebol mundial, Aly admite que espera manter-se muito mais tempo na capital francesa. E manter a qualidade apresentada até agora.
«Estou a ter um bom desempenho aqui e tenho de desfrutar desta incrível competição, com um ambiente inacreditável e grandes equipas. Espero continuar a fazer um bom trabalho por mim e pelo meu país», admitiu, antes de falar da mudança para Lisboa.
4 agosto 2024, 09:30
João Eduardo Marques, adjunto de Jota González nas águias, integra também a equipa técnica do Egipto
«Será um grande passo para mim mudar-me para o Sporting. É um grande clube. E mal posso esperar pela próxima época» realçou o jogador contratado aos alemães do BBM Bietigheim.
Apesar de estar bem em Paris, o atleta já olha para o que o futuro o reserva, ele que diz que sempre conheceu o Sporting por causa de… Nani.
«Sei muito sobre o clube porque sempre fui fã do Nani e para nós, no Egipto, o Sporting é um clube muito famoso por causa do futebol. Estou com grandes expectativas para a próxima época. O ambiente no pavilhão também é incrível e mal posso esperar por jogar lá e sentir o carinho dos adeptos», notou, deixando também elogios ao guarda-redes argentino que vai substituir na equipa de Ricardo Costa.