Há duas coisas que ele não larga: polémicas e medalhas. E Portugal sonha!
Pichardo em 2020. Foto: ASF/SÉRGIO MIGUEL SANTOS

CAMPEÕES OLÍMPICOS Há duas coisas que ele não larga: polémicas e medalhas. E Portugal sonha!

JOGOS OLÍMPICOS26.07.202413:00

Pedro Pablo Pichardo

31 anos
Triplo salto
Campeão olímpico em Tóquio 2020

Nascido em Santiago de Cuba há 31 anos, Pedro Pablo Pichardo saltou do seu país natal para Portugal em 2017 para se tornar, quatro anos depois, no quinto campeão olímpico com as cores lusas.

De espírito rebelde, nunca fugiu a um confronto, fosse com quem fosse. Ainda em Cuba era assim. Em Portugal não mudou nem um milímetro.

Em 2017, após ter abandonado sem autorização um estágio da seleção cubana em Estugarda, foi anunciado como reforço do atletismo do Benfica e viu a federação internacional oficializar a naturalização por Portugal em outubro de 2018.

É treinado pelo pai, Jorge Pichardo, que considera o seu ídolo e o levou à conquista das três melhores marcas nacionais no triplo salto: 17,95m, 17,98m e 18,04m.

E se a sua veia ultracompetitiva se percebe fora das pistas – que o digam Nelson Évora, o Benfica e até a Federação Portuguesa de Atletismo, com quem já entrou em conflito – no tartã tem sido implacável.

O triplista chega a Paris como a grande esperança lusa para as medalhas. Ou não se tratasse do campeão olímpico em título.

Depois de muita incerteza sobre a participação de Pichardo, que esteve mais de um ano sem competir após se incompatibilizar com o Benfica, a resposta definitiva surgiu nos Europeus de junho sob a forma de recorde nacional.

Pichardo saltou 18,04 metros, numa demonstração de força que só foi abafada pelos incríveis 18,18m de Jordan Díaz, atleta espanhol também nascido em Cuba, que fez na prova a terceira melhor marca da história.

Fará na capital francesa a segunda participação olímpica, após a presença triunfal em Tóquio.