Golfista é a contratação mais cara da história do desporto
Espanhol Jon Rahm tentado pelos milhões do novo circuito saudita
O golfista espanhol Jon Rahm, número 3 mundial, está prestes a converter-se na contratação mais cara da história do desporto, uma vez que chegou a acordo com o circuito saudita de golfe por incríveis 520 milhões de euros, válido por três anos.
Rahm, atual campeão do Masters, e vencedor de 4 provas no PGA Tour em 2023, chegou a acordo com a LIV Golf, um novo circuito profissional patrocinado pelo Fundo de Investimento Público (PIF, em inglês) da Arábia Saudita, mas que se joga por todo o mundo, passando por Espanha, Inglaterra, México ou EUA. No último ano o espanhol venceu quatro torneios do circuito predominante, o PGA Tour, jogado maioritariamente nos Estados Unidos.
«Sinto que a cada decisão que tomamos na vida, haverá alguém que concorda e gosta e alguém que não gosta. Tomei essa decisão porque acredito que é o melhor para mim e minha família, é uma grande oportunidade. Todas as pessoas com quem conversei apoiaram-me muito, estou muito confortável com minha decisão. Estou habituado a ouvir algumas coisas negativas, seja na imprensa ou nas redes sociais. Faz parte de sermos figuras públicas mas aprendemos a lidar com isso, não é?», justificou numa videoconferência com alguns jornalistas.
«Continua a ser verdade o que disse antes: não jogo golfe pelo dinheiro; jogo pelo amor ao desporto e ao golfe», disse ainda.
O jogador de 29 anos, que fez também parte da equipa europeia que venceu a Ryder Cup, emitiu depois um comunicado: «Tenho orgulho em entrar no LIV Golf e fazer parte de algo novo que traz crescimento à modalidade. Não tenho dúvidas de que esta é uma grande oportunidade para mim e minha família e estou muito entusiasmado com o futuro.»
A LIV - que tem como CEO o ex-golfista Greg Norman - já tinha conseguido recrutar Brooks Koepka, campeão da PGA em 2022, bem como Dustin Johnson e Bryson DeChambeau.
Em junho, depois de uma guerra de contratações, a LIV e a PGA anunciaram uma fusão, mas os termos do acordo estão ainda para ser acertados, com prazo final até 31 de dezembro. Rahm foi na altura uma das vozes críticas da fusão, mas nas últimas semanas a especulação cresceu de tom quando Rahm desistiu de alguns torneios marcados para os próximos meses.