Francês Turgis conquista etapa de gravilha no Tour
Corredor da TotalEnergies, de 30 anos, impôs-se sobre a meta o britânico Tom Pidcock (Ineos Grandiers) e o canadiano Derek Gee (Israel Premier-Tech), segundo e terceiro na etapa. No topo da geral, tudo na mesma
Anthony Turgis venceu a 9.ª etapa da Volta a França, aguardada e temida pelos 14 troços com piso de gravilha que a tornavam singular nesta edição da prova. O francês da equipa TotalEnergies bateu, em sprint, um grupo de fugitivos, na cidade de Troyes, após 199 quilómetros, incluindo imprevisíveis 32 km em setores de terra batida.
Turgis, de 30 anos, impôs-se sobre a meta o britânico Tom Pidcock (Ineos Grandiers) e o canadiano Derek Gee (Israel Premier-Tech), segundo e terceiro na etapa.
Entre os candidatos à vitória na classificação geral deste Tour, apesar de alguns ataques e diversos contratempos, não houve alterações, concluindo em igualdade na véspera do primeiro dia de descanso da competição, com Tadej Pogacar de amarelo e João Almeida em sexto.
Entre as principais incidências da corrida, a 77 quilómetros ainda da meta, surpreendendo, Remco Evenepoel atacou no pelotão numa subida categorizada, e apenas Tadej Pogacar e Jonas Vingegaard conseguiram responder-lhe, alcançando-o mais adiante. Os três fizeram rapidamente a transição para o grupo em fuga. Atrás ficou Primoz Roglic. Todavia, o trio começou em jogos táticos e o esloveno da Red Bull, auxiliado pelos seus companheiros, voltou a juntar aos adversários ao km70 para a chegada.
Com a corrida definitivamente lançada a alta velocidade, no setor 8 de gravilha (km 57), Evenepoel sofreu um percalço, atrasou-se algumas dezenas de metros, e foi forçado a fazer um pequeno contrarrelógio para recuperar para o grupo principal.
A 42 km do final, Mathieu van der Poel adianta-se ao grupo principal com o objetivo de fazer a ponte, de cerca de um minuto, para os fugitivos, como parte da sua estratégia para vencer a etapa. Rui Costa e o vencedor de duas etapas nesta edição do Tour, Biniam Girmay, acompanharam o neerlandês. No entanto, nos 20 km seguintes a distância não baixou o suficiente para as pretensões do eritreu, do português e do campeão do mundo.
No setor 4 (22 km), Tadej Pogacar ataca no grupo dos favoritos e só teve reação efetiva de dois corredores da Visma, mas não de Jonas Vingegaard. Christophe Laporte e Matteo Jorgenson, então, aguardam pelo dinamarquês, e é este último, o norte-americano que o seu líder à roda do arquirrival. Na perseguição, a dez segundos do trio Pogacar-Vingegaard-Jorgensso, Evenepoel tentava a recolagem em quarteto em que se incluía João Almeida e no qual pouco depois reentram Primoz Roglic e mais uma dezena de corredores.
Entre os homens da fuga as ofensivas sucediam-se e a mais bem-sucedida partiu de Jasper Stuyven, que se isolou a 11 km da chegada, pouco antes do último setor de gravilha.
Neste, Remco Evenepoel comanda os candidatos com Tadej Pogacar e Jonas Vingegaard na sua roda, não se fazendo diferenças. E assim acabavam-se as possibilidades destas ainda se produzirem, mantendo igual o topo da classificação geral no primeiro dia de descanso da prova.
Na discussão pela vitória na etapa, Stuyven acabou por ser alcançado à entrada do último quilómetro e o francês Anthony Turgis, mais rápido no sprint, impôs-se para o triunfo.