Futebol Americano Estudo defende 61 por cento de risco de Parkinson em jogadores
Um estudo publicado na Revista da Associação Médica dos Estados Unidos defende que os jogadores de futebol americano têm 61 por cento de probabilidade de desenvolver a Doença de Parkinson, desencadeada pela intensidade e nível da prática desportiva.
O estudo da equipa médica do Centro ETC (Encefalopatia Traumática Crónica) da Universidade de Boston, nos Estados Unidos, patrocinado pela Fundação do ator Michael J. Fox, dedicada à pesquisa da Doença de Parkinson de que padece, recolheu dados de 1875 praticantes de vários níveis. Concluiu não só que a probabilidade de os jogadores contraírem a doença é de 61 por cento como que triplica a nível universitário ou profissional quando comparada com quem só praticou este desporto na juventude. Desta forma, os investigadores admitem que a frequência e a intensidade são fatores associados ao desenvolvimento da doença.
A Liga profissional dos Estados Unidos tem reconhecido a possível relação entre a prática de futebol americano e danos cerebrais, nomeadamente após um estudo de 2017 encontrar a ETC em 99 por cento dos cérebros de jogadores já falecidos analisados.
Sabe-se que a ETC, também conhecida como demência pugilística, é uma doença neurodegenerativa progressiva causada por repetidos golpes na cabeça. Até 2002, a enfermidade com alterações semelhantes e também associadas à Parkinson era encontrada em lutadores. A descoberta em ex-jogadores de futebol americano provocou a reformulação do conceito da doença.