Bactérias fecais no Sena preocupam Paris 2024
Níveis poluição no rio Sena da última semana estão longe de permitir provas de natação e triatlo
A concentração muito acima da média de duas bactérias fecais continua a inviabilizar as competições de águas abertas e triatlo no Sena, palco escolhido para as duas modalidades nos Jogos Olímpicos. O facto de faltar cerca de um mês e meio para o evento não parece preocupar o Comité Organizador, confiante que o problema se vai resolver, mas a ter de assumir pela boca de Marc Guillaume que não permite as competições. «Até à data, as amostras no Sena não correspondem aos padrões que teremos este verão».
O Sena acolherá igualmente a cerimónia de abertura, mas além da poluição e do cheiro não é expectável que ninguém mergulhe, até porque tal é proibido na capital francesa há mais de 100 anos, no entanto, os eventos teste não puderam ser realizados no local, em agosto de 2023, e a realidade é que até agora o problema persiste.
Em caso de chuvas intensas, a água não tratada - uma mistura de chuva e esgoto - é despejada no rio, um fenómeno que as estruturas de retenção inauguradas pouco antes dos Jogos pretendem evitar, mas que para já não estão a funcionar.
De acordo com os gráficos publicados online, o nível de concentração da bactéria E.Coli fecal estava acima de 1.000 unidades formadoras de colónias (UFC)/100 ml, quase todos os dias, valor que é o limiar utilizado pelas federações internacionais de triatlo e natação para permitir a realização de eventos, e chegou a passar as 5.000 unidades em alguns dias.