Antiga medalhada olímpica bielorrussa «orgulhosa» após ser condenada a 12 anos de prisão

Natação Antiga medalhada olímpica bielorrussa «orgulhosa» após ser condenada a 12 anos de prisão

NATAÇÃO28.02.202314:10

Aleksandra Herasimenia, antiga nadadora bielorrussa, que conquistou três medalhas olímpicas (duas medalhas de prata em Londres, em 2012, e uma de bronze no Rio de Janeiro, em 2016), atualmente exilada na Polónia, mostrou-se, esta terça-feira, «orgulhosa», após ter sido condenada a 12 anos de prisão pelo regime do seu país.

A ex-atleta, que contou, em entrevista a um órgão de informação polaco, ter sabido da pena no dia do seu 37.º aniversário, considera a punição um «motivo de orgulho», já que acusa Aleksánder Lukashenko, presidente da Bielorrússia, de ter «perpetuado eleições fraudulentas em 2020», tendo ainda aplicado «mais de cinco mil condenações ilegais».

Aleksandra Herasimenia referiu que era tratada por Aleksánder Lukashenko por «peixinho dourado», algo que mudou depois de ter assinado uma carta pública de protesto contra o governo, iniciando-se as «intimidações».

«A vida corria bem aos desportistas que apoiavam publicamente o regime: subvenções, bolsas...», afirmou.

A antiga atleta viu o seu contrato ser rescindido com o seu clube, devido à Covid-19. Contudo, a ex-nadadora não ficou convencida, já que, segundo a mesma, «oficialmente, a doença não existia na Bielorrússia».

O Governo bielorrusso diz ter encontrado mais de 48 mil dólares na posse de Aleksandra Herasimenia: «Adoraria que fosse verdade, porque assim, quando o regime caísse, teriam de me devolver o dinheiro, que, evidentemente, não tinha.»

A atleta recusa-se a optar pela nacionalidade polaca em detrimento da bielorrussa: «Os regimes políticos vão e vêm e o de Lukashenko tem os dias contados.»