Acusado de 'falta de tomates', Vingegaard responde a Evenepoel
Em causa ataques e defesas durante a 9.ª etapa
Jonas Vingegaard justificou mais uma vez as táticas defensivas da equipa Visma-Lease a Bike na 9.ª etapa, criticadas por Tadej Pogacar e Remco Evenepoel.
O camisola amarela atacou repetidamente nos setores de gravilha da nona etapa, mas a equipa neerlandesa respondeu, com Vingegaard, no entanto, a resguardar-se depois.
O belga, que mostrou descontentamento na estrada, criticou a postura do bicampeão em título, defendendo que foi «uma pena» que Vingegaard não tivesse colaborado com ele e Pogacar. «O Tadej e eu não estávamos contentes. A corrida pode ter ficado decidida hoje [ontem]. É a sua tática, não podemos fazer nada, mas por vezes é preciso ‘ter tomates’ para correr. Infelizmente se calhar hoje o Jonas não os teve. Mas sem problema, ainda há muita corrida pela frente. Eles [Visma] vão correr na defensiva e há que aceitar, percebo as razões, mas foi estranho. Estávamos juntos os três favoritos e uma vantagem de uns 40 segundos, eu e o Tadej gostamos de atacar cedo. Teria sido letal», disse o jovem belga.
Vingegaard, que já tinha comentado a etapa - «Sabia que me iam atacar e, num dos setores, não me colocaram bem e acabei por ser surpreendido» - voltou respondeu esta segunda-feira, primeiro dia de descanso.
«Em vez de ‘falta de tomates’, prefiro falar de inteligência na corrida», disse. «Se arrancasse com os dois (Pogacar e Evenepoel) a 70 km do fim e eles me deixassem ‘cair’ na última secção de gravilha, ‘perdia’ a Volta ontem», sublinhou o dinamarquês, terceiro na geral a 1m15s de Pogacar.
«O meu objetivo era manter o ritmo, era não perder tempo e conseguimos. Talvez as pessoas não entendam, mas isso é problema delas.»