A polémica decisão da Ryder Cup: vai pagar aos jogadores!
Até agora, os 200 mil euros de 'prize money' eram entregues a instituições de caridade. Patrick Cantlay exigiu ser remunerado e tirou o boné como protesto. A PGA já anunciou que vai pagar
A PGA, entidade que organiza a Ryder Cup do lado de lá do oceano Atlântico, anunciou ontem que cada um dos jogadores da seleção americana vai passar a receber 500 mil dólares em vez dos 200 mil que lhes eram entregues para que fossem doados a uma instituição de caridade. A partir de 2025, 300 mil seguem os fins da solidariedade e os restantes 200 mil , cerca de 190 mil euros, podem ficar com o golfista, se este assim entender.
Com esta decisão, na prática os atletas passarão a ser pagos, o que até aqui nunca aconteceu e há já quem diga que caiu o último bastião e acabou com a mística da Ryder Cup, um dos poucos eventos do desporto profissional com o qual os participantes não lucravam. Keegan Bradley, capitão designado, já anunciou que o seu meio milhão será doado integralmente.
A decisão surge como resposta à polémica da última edição - a Ryder Cup realiza-se de dois em dois anos e coloca frente a frente a equipa dos EUA e da Europa - quando jogadores e organização se desentenderam porque, de acordo com algumas notícias, Patrick Cantlay liderava um grupo de jogadores que exigiam ser remunerados pela presença. Como protesto, disputou os seus jogos sem o boné com o logo Team USA. E quando passava, vários apoiantes tiravam abanavam os seus bonés em forma de apoio.
As opiniões dividem-se e a Sports Illustrated publicou uma carta em que 12 ex-capitães dos EUA se manifestam contra o pagamento, enquanto Tiger Woods se mostrou mais favorável: «Se querem pagar, a decisão é deles». Do lado europeu, nomes como Rory McIlroy, Tommy Fleetwood e Shane Lowry mostraram-se contra.