E. Amadora-Estoril, 2-4 'Xeka-mate' começou num erro que fez a Reboleira ruir (crónica)
Estrela voltou a perder em casa quatro meses depois, pagando fatura de 1.ª parte horrenda; médio estorilista foi novidade no onze e crucial: golo e assistência; canarinhos logram vitória histórica na Amadora e inédita esta temporada
Filme de terror na Reboleira para os adeptos da equipa da casa nesta entrada futebolística em 2025. Sem conhecerem o sabor da derrota no Estádio José Gomes desde 31 de agosto (0-1 com o Casa Pia, na 4.ª jornada), certamente não esperariam que a fortaleza erguida por José Faria nos últimos meses, com seis jornadas seguidas sempre a pontuar como visitado e numa série de três triunfos consecutivos na Amadora, ruisse como castelo de cartas ao cabo de apenas trinta minutos de puro horror defensivo, que permitiram aos estorilistas fazerem três golos.
Xeka, que foi novidade no onze do Estoril, rendendo o lesionado Zanocelo, foi a figura central daquela que foi vitória histórica (os estorilistas nunca tinham triunfado na Reboleira) e inédita (por ter sido fora de casa) esta temporada, ajudando ao... Xeka-mate aos tricolores. Logo aos 15' aproveitou erro clamoroso de Bruno Brígido, que quis endossar a bola a Igor Jesus, que lhe virou costas, e acabou por deixá-la nos pés do médio, que ao jeito de penálti corrido atirou para o 1-0.
Dez minutos depois, o mesmo Xeka, num canto do lado direito do ataque batido para o segundo poste, rematou para grande intervenção de Brígido, que fez a bola sobrar para o mesmo Xeka, que cruzou para Begraoui emendar para o 2-0 à boca da baliza, na que foi a estreia a marcar em Portugal do avançado marroquino de 23 anos.
Seis minutos depois, de novo na sequência de bola parada, o esférico foi cair perto de Xeka à entrada da pequena área, e este, pressionado por Dramé e Tiago Gabriel, viu a bola ser desviada pelo central brasileiro para dentro da própria baliza, ampliando para o 3-0 que se manteve até ao descanso.
José Faria mexeu na equipa para o início da segunda parte, lançou Paulo Moreira e Rodrigo Pinho para os lugares de Igor Jesus e Jovane Cabral, respetivamente, mas voltou a ver entrada forte do Estoril, que acertou na barra aos 47', num remate de Begraoui.
Sem matar o jogo em definitivo, o Estoril ficou à mercê da pressão do Estrela e viu triunfo que parecia certo ficar em risco: sofreu o 1-3 aos 57', num golpe de cabeça de André Luiz a cruzamento de Léo Cordeiro, e o 2-3 aos 70', com Rodrigo Pinho a não falhar na cara de Robles depois de lançado por Bucca. Estava montado o cenário para recuperação épica, mas, no regresso à ação pelo Estoril, Rafik Guitane assistiu Marqués para o 2-4 aos 76' e acabou com o sobre o vencedor.