Moreirense-FC Porto, 2-1 Vítor Bruno: «Tenho força para continuar, estou aqui, dou a cara!»
Treinador do FC Porto assume a responsabilidade na eliminação na Taça de Portugal, mas diz ter condições para prosseguir o seu trabalho
Foi um Vítor Bruno resignado aquele que abordou a eliminação da Taça de Portugal. «Entrámos bem. Controlámos a primeira parte toda, colocámo-nos em vantagem. O Moreirense, na única aproximação que tem, faz o empate. Na segunda parte, procurámos e tivemos um ou dois lances para colocarmo-nos na frente do marcador e não conseguimos. O Moreirense, num lance dúbio, acaba por marcar de penálti. Depois, a equipa sentiu-se intranquila e não foi capaz de dar a volta», começou por dizer, em declarações à Sport TV.
O treinador do FC Porto prosseguiu a sua análise: «s jogadores não ficam imunes ao momento atual da equipa. Vir de duas derrotas também condiciona, a equipa apanha-se a perder, quer muito jogar com o coração e acaba por não tomar as melhores decisões. Tínhamos gente na área, mas nem sempre procurámos bem os homens da frente. Tentámos, as decisões também não foram as melhores. Depois, a partir do 2-1, não criámos praticamente nenhum lance de golo, fruto também de alguma intranquilidade que se vivia na equipa».
Vítor Bruno reconhece o mau momento do FC Porto. «As equipas têm ciclos, neste momento coube-nos a nós, são três derrotas, eu sou o principal responsável, não fujo à responsabilidade, encaro as pessoas de frente, não fujo, tenho plena consciência do que faço, dou tudo o que posso dar, tomo melhores decisões e menos boas. Todos os treinadores acabam por ter um bocadinho esse ónus. As coisas neste momento não estão bem, mas é andar, procurar atacar o jogo de quinta-feira, dar uma resposta», disse, comentando depois o facto de jogadores como Pepê e Samu terem chorado no final da partida. «eu percebo a angústia de quem tenta, de quem é profissional, de quem é sério. Eles não são responsáveis, eu sou o responsável. Agora, temos todos de fazer o exercício crítico, perceber onde podemos crescer, onde podemos melhorar, porque isto é uma casa muito exigente e tem de se ganhar».
A finalizar, garantiu condições para prosseguir. «Contestação? É natural, quando não se ganha numa casa como o FC Porto, é natural que a responsabilidade caia em cima do treinador, é a mim que têm de cobrar. Sim, tenho força para continuar, sempre de cara limpa, consciência tranquila, porque faço sempre o melhor».