Villas-Boas: «É um momento difícil para o clube»

Presidente dos dragões foi à sala de imprensa comentar a série de quatro derrotas consecutivas

André Villas-Boas marcou presença na sala de imprensa do Dragão, depois da derrota do FC Porto com o Olympiakos, a quarta seguida.

«É um momento difícil para o clube, quatro derrotas seguidas, o que nos leva há 60 anos. É um momento complicado, difícil de compreender e de aceitar. Em primeiro lugar, pedir desculpa a essa massa associativa que muito nos tem apoiado na tentativa de inverter esta tendência de resultados. É um tempo de reflexão, paciência, difícil ter. Um tempo de união. Esperamos consegui-la muito em breve. Normalmente vem com as vitórias, os resultados, é isso que estamos à espera. Precisam os seus jogadores, os treinadores. Infelizmente não chegou hoje por pequenos detalhes, sem dúvida que houve mais compromisso da equipa, mas ficamos curtos e temos de lamentar este mau momento, focar no trabalho e pedir desculpa à massa associativa do FC Porto, que não merece passar por este momento», começou por dizer o presidente portista.

«Dizer que isto é uma responsabilidade maior, do presidente do clube, estou a poucos meses de cumprir um ano de presidência. Nem nos piores cenários podemos imaginar algo assim, um ciclo de quatro jogos sem ganhar. E neste momento, com quatro derrotas, estamos atentos a todos os comportamentos. Procedemos a castigar os comportamentos do jogador por esse 'post' que publicou antes da saída do antigo treinador Vítor Bruno. O jogador irá ser alvo de um processo disciplinar. Assumiu a sua culpa, fez a sua reflexão, o treinador acreditou que a titularidade poderia ser o momento para reencontrar a confiança e redimir-se do erro que fez. Estão todos à procura de se encontrar. É uma fase de menos confiança e isso fica evidente no que nos aconteceu no golo sofrido. Essa vitória é o que nos fará ter confiança uns nos outros para passar esta má fase. É importante um pouco de paciência por parte dos adeptos. Estamos a prevaricá-los até ao limite dessa paciência, mas continuamos a acreditar que é possível lutar pelo título, lutar pela qualificação na Liga Europa. Isto só tem um único responsável, que sou eu. Sou eu que tomo as decisões, e espero tomá-las sempre a respeitar a grandeza do FC Porto. Reconhecer que não estamos à altura neste momento», completou sobre o momento do clube.

Raiz do problema

«Nós fizemos o investimento na equipa para que se lutasse por todos os títulos. Conseguimos o primeiro, falhámos dois entretanto. Acreditamos na competência da equipa. Já deu bons sinais. O FC Porto esteve numa situação na Madeira onde poderia ter chegado ao 1.º lugar, não o fez, no entanto, conseguindo essa liderança, teria posto fim a quase mil dias sem chegar ao primeiro lugar. É uma realidade nova e triste no FC Porto, que temos de assumir que não estamos à altura. No entanto, este plantel foi construído para ganhar títulos. Queremos e vamos continuar a ter crença no título, queremos disputá-lo até ao limite das nossas forças, sabendo que é preciso mais confiança, trabalho, sabendo que neste momento tudo o que estamos a fazer não chega para conseguir vitórias que trazem essa confiança. É um momento muito duro, de reflexão, de saber que não estamos à altura. Mais trabalho, compromisso, exigência. Infelizmente, tornou-se insuficiente e o resultado acaba por nos penalizar.»