Villas-Boas e o mercado: «Só tivemos uma proposta» (e não foi para Diogo Costa nem Francisco)
Presidente da SAD portista falou aos jornalistas depois do discurso protocolar em Arouca. (Foto: A BOLA)

Villas-Boas e o mercado: «Só tivemos uma proposta» (e não foi para Diogo Costa nem Francisco)

NACIONAL16.07.202421:25

Presidente portista garante que apenas o Olympiakos abriu negociações para levar David Carmo, mas o processo não foi concluído com sucesso; defesa-central está «confortável e a ter um rendimento ótimo»; garante total sintonia com Vítor Bruno no que concerne à aposta na formação e diz que, quando for altura de atacar o mercado, os alvos estão bem definidos

André Villas-Boas sem filtros e a responder a todas as perguntas dos jornalistas. Assim voltou a ser esta terça-feira, em Arouca, onde passou grande parte do dia: primeiro com uma visita ao Mosteiro, depois com a inauguração da Casa do FC Porto, e, por fim, com um jantar-convívio com sócios e adeptos, que decorreu no Hotel São Pedro.

E foi nessa altura que o presidente da SAD portista falou sobre os vários temas do momento, como por exemplo o mercado de transferências. AVB não escondeu que o FC Porto precisa de realizar encaixes financeiros, sendo que, questionado sobre Diogo Costa e Francisco Conceição, dois dos principais ativos dos dragões, adiantou que ainda não recebeu nenhuma proposta concreta. E revelou quais as negociações que estiveram em curso, mas que acabaram por não ter sucesso.

«O mercado está pouco ativo e o que recebemos são muitas sondagens por jogadores do FC Porto. Somos um clube difícil para negociar, também temos essa marca bem distinta, temos tido aproximações de alguns clubes, mas pouca coisa em concreto. Estamos satisfeitos com o plantel. Evidentemente que temos algumas necessidades de encaixes financeiros para que possamos corresponder às exigências de licenciamento por parte da UEFA e também aos encargos que se avizinham até final do ano. Iremos continuar atentos, mas sabemos da qualidade dos ativos que temos. Estamos relativamente tranquilos, o mercado, infelizmente, opera sempre mais tarde, nas últimas semanas de agosto, e o que importa para nós é estarmos prontos para substituir algum jogador que venha a sair do plantel. Diogo Costa e Francisco Conceição? O FC Porto tem de estar sempre preparado. Nós fizemos mudanças radicais em termos de direção desportiva, para reestruturar o clube, a nível de scouting, de performance, formação desportiva, futebol feminino, o que se traduz em muita gente a operar em benefício do clube e sentimos que estamos prontos. Neste momento, temos uma equipa competitiva, que, na nossa opinião, serve as exigências dos sócios perante os objetivos que queremos atingir, e temos perfeitamente referenciados os postos que queremos atacar. Também estamos à espera que o mercado dê o seu arranque, sendo que iremos sempre proteger o valor dos ativos que temos. As únicas propostas que tivemos foram do Olympiakos pelo David Carmo, mas acabámos por não chegar a acordo e o jogador também está confortável e a ter um rendimento ótico na pré-época. Temos ali um bom ativo em mãos. Sabemos qual é o seu valor e o jogador está tranquilo.»

Relativamente às possíveis compras que o FC Porto ainda poderá fazer neste defeso, André Villas-Boas adiantou que a lista está feita, mas tudo vai depender do próprio mercado. E reforçou que o projeto azul e branco terá também uma forte componente no que concerne aos jogadores da formação: «O Vítor [Bruno] foi bem claro na sua apresentação enquanto técnico do FC Porto. Temos uma visão para dinamizar a formação do FC Porto. Evidentemente que temos de estar à altura das responsabilidades dos sócios do clube e as responsabilidades são sermos campeões imediatamente e todos os anos. Tendo essa plena consciência, e mesmo perante todas as dificuldades que atravessamos, acreditamos que podemos criar uma equipa competitiva. A equipa não mudou radicalmente de um ano para o outro, temos uma aposta na formação que, felizmente, está cada vez mais presente nesta pré-época, e temos bem referenciados os alvos que queremos atacar. Estamos numa posição em que, nesta fase, aguentamos para que o mercado se dinamize.»