Villas-Boas confirma proposta por Nehuén Pérez e descarta Danilo e Asprilla

NACIONAL18.08.202419:55

Apesar da venda de Evanilson, o presidente do FC Porto assume que pode continuar a vender jogadores para cumprir 'fair-play' financeiro; admitiu ofertas por Galeno, Gonçalo Borges e David Carmo

André Villas-Boas confirmou este domingo que o FC Porto fez uma proposta à Udinese para a transferência de Néhuen Pérez, porém, revelou que os valores pedidos pelo clube italiano são «impossíveis» para os azuis e brancos.

«Entrámos num projeto de negociação da transferência do Néhuen Pérez com a Udinese. Infelizmente, aos valores que estamos a falar e que a Udinese pede, sendo impossíveis para o FC Porto, fizemos uma última proposta que está sob avaliação por parte da Udinese, se não aceitarem, veremos», destacou aos jornalistas presentes no dia de abertura da Casa do FC Porto em Ponte da Barca.

O mercado de transferências do FC Porto foi o grande tema abordado na apresentação e o presidente do clube nortenho referiu que os dragões tinham interesse em Danilo e Yaser Asprilla, porém, refere que os valores discutidos são muito altos.

«Sobre o Danilo não temos novidades. É um jogador do Paris Saint-Germain. Nós demonstramos interesse na sua contratação já há cerca de um mês e meio, mas os valores que nos foram demonstrados pelo PSG, imediatamente saímos fora de qualquer negociação», adiantou, antes de comentar o caso de Yaser Asprilla.

«O Asprilla é um jogador referenciado pelos scouts do FC Porto, pelas mesmas razões e pelas quantias que se fala [do caso de Danilo], o FC Porto não tem capacidade de acompanhar esse mercado», disse.

As finanças folgadas e as propostas recebidas por Galeno, Gonçalo Borges e... David Carmo

Recentemente o FC Porto vendeu Evanilson,por 37 milhões de euros, mais 10 em objetivos e Fábio Cardoso. Quando André Villas-Boas foi questionado sobre se as finanças do clube já estavam mais folgadas, assumiu que «sim», acrescentando que os dragões continuam no mercado à procura de reforços.

«Precisávamos de vender também por conta do licenciamento da UEFA e da continuação do futebol pelo FC Porto nas competições europeias. Era uma responsabilidade maior que infelizmente fica resolvida, mas infelizmente obriga a estas cedências. Portanto, agora cabe-nos também preparar o resto da época, investir de acordo com as necessidades da equipa. Portanto, restam poucos dias no mercado. A concentração é máxima para que consigamos realizar as operações que teremos de vista», sublinhou.

Depois, o presidente André Villas-Boas admitiu que recebeu propostas por Francisco Conceição, Galeno, Gonçalo Borges e David Carmo.

«Evidentemente o FC Porto não pode vender o preço de saldo. Temos uma responsabilidade maior também perante os sócios e temos de defender os nossos ativos. Portanto, apesar de termos de cumprir os requerimentos do licenciamento da UEFA e sermos obrigados a vender para criar as mais-valias necessárias, fomos obrigados a olhar para o mercado por causa disso e a receber as propostas que nos chegaram. No entanto, percebemos perfeitamente o valor dos nossos ativos e devemos respeitar esse valor», justificou.

«Mais vendas? Não deixamos de ter um 'buraco' de 500 milhões de euros de passivo»

Apesar da venda de Evanilson e de ter admitido que as finanças do FC Porto estão mais folgadas, André Villas-Boas anotou que mais vendas podem ser feitas, de modo a cumprir os requerimentos da UEFA e continuar a melhorar a saúde financeira da instituição.

«Mais vendas? Não deixamos de ter um buraco de 500 milhões de euros de passivo. Temos muitas exigências por parte de fornecedores e clubes, muita pressão por parte de fornecedores. E clubes a quem o FC Porto é devedor., portanto, estamos a tentar cumprir com as nossas responsabilidades. Temos feito um grande trabalho do ponto de vista financeiro. Penso que nos próximos meses iremos continuar e poderemos informar-vos também das nossas demandas na negociação da dívida, que é o segundo grande projeto económico e financeiro do FC Porto. É nesse caminho que estamos orientados e focados, resolvemos dois problemas e agora temos de encarar esse», contou.