Vasco Seabra espera Benfica «idêntico ao que tem sido no campeonato»
O treinador do Estoril espera receber um Benfica próximo do que tem sido nos encontros a contar para a Liga, não se concentrando na última derrota dos encarnados ou nas ausências de Bah e Di María
O confronto entre o Estoril e o Benfica, marcado para este sábado, colocará um contraste de realidades e, acima de tudo, na classificação geral – os canarinhos entram em campo partilhando a última posição, ao passo que os encarnados, campeões nacionais, disputam a liderança da Liga. Ainda assim, o técnico estorilista, Vasco Seabra, tem observado cuidadosamente o Benfica e acredita estar preparado para combater o poderio que reconhece ao oponente que visitará a Amoreira.
Vasco Seabra não acredita num Benfica demasiadamente ferido na sua confiança depois da derrota frente ao Inter de Milão, em Itália, pela Liga dos Campeões (1-0), e espera uma águia com as movimentações e dinâmicas que tem apresentado na competição doméstica.
«Espero um Benfica mais idêntico ao que tem sido o campeonato, não vou esconder isso. Apesar das características individuais dos jogadores mudarem um pouco o que são os movimentos ou os lugares onde solicitam a bola, em termos globais penso que o jogo do Benfica manter-se-á», anteviu o treinador, em conferência de imprensa.
«O que procuramos é ser uma equipa capaz, coesa, que consiga anular o jogo interior do Benfica, que naturalmente é uma equipa muito forte sempre a procurar esse jogo interior, e convidarmos a determinados lugares para podermos pressionar e sermos fortes nos momentos em que fazemos essa pressão. Naturalmente, tentaremos também ter bola, roubarmos bola ao Benfica para a termos», propõe o líder técnico dos canarinhos para o embate deste sábado, pelas 20h30, no Estádio António Coimbra da Mota.
Vasco Seabra promete, assim, um Estoril ambicioso perante um Benfica que considera poderoso, mesmo não apresentando valores individuais de monta como Alexander Bah e, em especial, Ángel Di Maria. Duas ausências que preferiu não valorizar em demasia, até por ter consciência de que as águias possuem alternativas no seu plantel, capazes de suprir essas ausências.
«Nós olhamos para os desafios pelo ponto de vista da nossa competitividade interna e a capacidade de nos superarmos a nós mesmos. Não falamos de orçamentos dos adversários, não é importante para nós percebermos se os adversários têm 200 milhões, ou 5 milhões, ou 3 milhões…sabemos que vamos ter de jogar contra um adversário e o adversário tem diferentes alternativas e diferentes jogadores, todos eles com qualidade nas mesmas posições. Por isso, só olhamos para o jogo», assinalou, por fim, o técnico do emblema da Linha de Cascais.