Vasco Seabra: «Em todas as vezes que jogou contra nós, Schmidt respeitou-nos»
O treinador do Estoril, Vasco Seabra. Foto: Miguel Nunes/ASF.

Vasco Seabra: «Em todas as vezes que jogou contra nós, Schmidt respeitou-nos»

NACIONAL09.03.202414:04

Treinador do Estoril pretende voltar a desafiar o Benfica, à imagem do que conseguiu na 1.ª volta da Liga e na meia-final da Taça da Liga, suscitando elogios do alemão; espera um Benfica com atitude forte e pretende «lidar com isso» com «serenidade» para travar as águias

No encontro referente à primeira volta da Liga, na Amoreira, o Benfica venceu o Estoril com um golo apontado já perto do final e a prestação dos canarinhos mereceu elogios do treinador dos encarnados, Roger Schmidt, que na conferência que se seguiu afirmou que estes jogaram «como se estivessem a jogar por títulos». Uma volta passada e na antevisão à deslocação a casa do campeão nacional, Vasco Seabra assumiu pretender fazer o mesmo mas com resultados práticos, saindo da Luz com pontos.

«Sentimos que vamos ser competitivos, ambiciosos, responsáveis, mas com uma vontade muito grande de atirarmos à baliza do Benfica», declarou o treinador estorilista, que comentou também as palavras do alemão logo após a meia final da Taça da Liga, na qual o emblema da Linha de Cascais surpreendeu e suplantou os encarnados no desempate por grandes penalidades, quando transmitiu que «não é vergonha» perder com o Estoril, que na altura se qualificou para a final da competição – terminaria como finalista vencido.

«Sinto que o treinador do Benfica, em todas as vezes que jogou contra nós, nos respeitou pela nossa forma de jogar, de competir e sentiu que somos uma equipa que dentro do conhecimento das nossas forças e fragilidades que temos, tentamos ser uma equipa que se direciona para o jogo e com vontade de o vencer», descreveu. E foi precisamente essa a promessa deixada pelo treinador para o terceiro round perante a águia: um Estoril a jogar pelo seu título de «olhar para cada jogo como uma final».

Vasco Seabra, de resto, não considerou o momento do seu adversário particularmente relevante – o Benfica não venceu nenhum dos últimos três jogos (Sporting, FC Porto e Rangers) e o Estoril não soma vitórias há já quatro encontros – até porque, na sua perspetiva, as últimas performances do Benfica não refletiram falta de atitude competitiva.

«Compreendo a questão, mas a verdade é que vi o Benfica a querer dar uma resposta muito grande, com uma intensidade muito grande no jogo e um registo muito alto. Relativamente ao que é o momento do Benfica, sabemos que vamos ter um adversário que quer dar respostas, entrar muito forte e com a dimensão do seu estádio a querer puxá-lo para que resolvam o jogo rápido e querer chegar à nossa baliza muitas vezes. Nós temos de lidar com isso com a normal serenidade, sabendo que é uma equipa grande», anteviu o técnico dos canarinhos.

O treinador do Benfica, Roger Schmidt, na partida entre Benfica e Estoril pela meia final da Taça da Liga, com o banco adversário ao fundo. Foto: Maciej Rogowski/Imago.

«Portanto, o que queremos é atrasar de tal forma o golo do Benfica que a nossa baliza fique a zero», propôs Vasco Seabra, de forma prática, e quando colocado perante a ausência do capitão benfiquista, Nicolas Otamendi, que cumprirá castigo, considerou-a…isso mesmo, «uma ausência», não valorizando em demasia a indisponibilidade do argentino dada a riqueza do plantel dos encarnados.

«É uma ausência num plantel tão recheado como o do Benfica…penso que não é significativo, apesar do valor do Otamendi não me parece que seja significativo ou um dos motivos do que quer que aconteça no jogo», considerou Vasco Seabra, que reconheceu «a exigência deste tipo de jogos» e também a oportunidade para a equipa mostrar a sua qualidade. «Por vezes as coisas estão ali, mas temos de ser nós a ir buscá-las, ninguém nos vai dar nada», considerou, determinado em, acima de tudo, voltar a mostrar uma imagem competitiva forte de forma a que o Estoril seja bem sucedido.