Catar «Vamos mostrar a imagem do Catar onde quer que joguemos em todo o Mundo»
O Catar defronta o México na segunda-feira em jogo da terceira jornada do grupo B da Gold Cup, numa autêntica final para a seleção orientada pelo português Carlos Queiroz, perante um adversário que já garantiu a qualificação.
«É uma honra estar aqui e jogar esta partida, com as expetativas em aberto. Para nós ainda existe um trabalho a fazer, obviamente este jogo é uma final, e esperamos jogar bom futebol, como no primeiro e no segundo jogos. Jogamos contra uma grande equipa, que tem jogadores fantásticos, conheço o futebol mexicano muito bem: o potencial da equipa, não interessa quem jogue amanhã, é enorme. Temos um trabalho difícil, é uma final, mas o que temos em mente é tentar ganhar o jogo», disse Queiroz na antevisão da partida, destacando as qualidades do opositor e voltando a criticar as arbitragens:
«É uma excelente equipa, com bons jogadores. Têm capacidade de circular a bola e tomar decisões rapidamente, mesmo em espaços curtos, com passes de penetração e grandes movimentações. Também é uma equipa que se organiza muito rapidamente, quando perde a bola. Se controlarmos a nossa disciplina e sabermos jogar nos espaços, teremos uma hipótese. Vimos como o Haiti e Honduras jogaram com o México e também criaram oportunidades. É uma final, embora, enfim, como todo o respeito, tenha que dizer isto: não devíamos estar nesta posição; devíamos estar na posição do México, com seis pontos e já qualificados. Com todo o respeito pelo Haiti e Honduras, fizemos o nosso trabalho. Temos que aceitar a realidade e a situação em que estamos, mas não podemos respeitar o que o aconteceu nesses jogos. Ser derrotado pelos árbitros não é digno, considerando o esforço e sacrifício dos jogadores. Devíamos estar noutra posição, mas quem quer saber? Estou aqui, enfrento-os a vós, é o nosso dever, mas espero não morrer neste jogo sem que aqueles que colocam equipas fora das competição venham aqui explicar-se também à imprensa. Mas é a realidade. O que definimos entre nós é que o que não nos mata torna-nos mais fortes. Vamos mostrar que a nossa equipa merece mais respeito. Porque é impossível que o árbitro ou o VAR não tenham visto a mão na bola no último jogo. Temos o direito de perceber por que razão isso acontece, mas quem pode explicar-se não tem que vir aqui. Venho eu e os jogadores.»
Queiroz foi ainda questionado sobre a nova atitude dos seus jogadores, que agora enfrentam os jornalistas mesmo após derrotas, o que antes não se verificava.
«Temos de sair deste torneio com muitas vitórias. Os resultados são outra história. No futuro temos que defender a Asian Cup, e temos a qualificação para o Mundial. Os meus jogadores têm um grande espírito de vitória, lutam, jogam com mentalidade. Concordo com os rapazes. Quando acabamos não terminamos com arrependimentos, terminamos de cabeça erguida, frente aos adeptos e família, porque fizemos o melhor pela equipa. Este é a imagem da selecção do Catar, e vamos mostrar essa imagem onde quer que joguemos em todo o Mundo.»