5 agosto 2024, 18:20
Oficial: Aos 39 anos, Valbuena reforça recém-promovido grego
Médio francês transferiu-se gratiutamente para o Atenas Kallithea
Jogador de 40 anos arrependeu-se do sucedido e explicou que sair de França o ajudou a fazer as pazes consigo mesmo, afirmando ainda que não guarda «rancor» do seu compatriota
Quase 10 anos depois de toda a polémica entre Mathieu Valbuena e Karim Benzema, em que o ex-Real Madrid chantageou o seu compatriota, que filmou um vídeo sexual, em 2015, o jogador de 40 anos falou mais calmamente sobre a situação e explicou que sair do seu país o ajudou bastante, na altura, após ter feito algo de que se arrepende.
«Precisava de ser um pouco esquecido. Em França, tornei-me um alvo, era assobiado em todos os estádios. Sair deu-me uma nova vida. No estrangeiro, não querem saber das nossas histórias não desportivas. Fiz uma coisa estúpida. Uma carreira, tal como uma vida, não é um rio longo e suave. A minha é o exemplo perfeito, mas ensinou-me muito. Os golpes permitem-nos seguir em frente. Constrói-se uma mente de aço», começou por disser, antes de afirmar que já não está zangado com o jogador do Al Ittihad.
5 agosto 2024, 18:20
Médio francês transferiu-se gratiutamente para o Atenas Kallithea
«Foi o pior momento da minha carreira. Para mim, a seleção francesa representava tudo. Fiquei triste durante muito tempo. Hoje, não guardo rancor de ninguém. Estou em paz. Encontrei-me com Didier Deschamps há pouco tempo. Falámos de futebol, de muitas coisas, ele ficou muito contente por me ver», revelou, reconhecendo o seu erro, numa altura em que era internacional francês, mas em que acabou por ser afastado, tal como Benzema.
«Na minha carreira, fui por vezes um pouco arrogante, cheio de mim próprio. No futebol é preciso sê-lo de vez em quando, vivemos num mundo de leões, em balneários com grandes personalidades. A certa altura, é preciso ter um grande carácter. Mesmo que não sejamos assim, temos de nos tornar assim», explicou, comentando o facto de que podia ter tido uma carreira melhor a nível internacional.
«Em França, quando se tem um rótulo, é difícil retirá-lo. Houve uma falta de objetividade em relação a mim. A minha carreira poderia ter sido valorizada como a de Giroud ou Ribéry, que também vêm do mundo amador. No exterior, respeitamos muito mais tudo isso», finalizou.