O MISTER DE A BOLA: União e caráter

Tiago Fernandes analisa a vitória leonina em Famalicão

1. Primeira parte bem conseguida

Uma primeira parte do Sporting ao nível daqueles jogos que nos habituou a fazer esta época, com uma dinâmica muito forte nos três jogadores da frente e Pedro Gonçalves a ser o jogador com mais classe e discernimento nesta fase da época. Trincão trabalha muito mas não é tão constante e Pote cada vez que tem a bola nos pés sai sempre algo perigoso: um último passe, um cruzamento, um remate ou ao temporizar e ficar com a bola e definir muito bem o momento do jogo, se é para o Sporting acelerar e definir ou se é para manter a posse de bola que é importante em algumas fases de jogo para acalmar. Na primeira parte os leões tiveram algumas oportunidades para dilatar a vantagem, tiveram mais posse e controlaram melhor o jogo em termos ofensivos e equilibraram-se se mais para não dar ao Famalicão aquela que é uma arma muito forte, que é a transição com jogadores rápidos e nesse período o Sporting fez um jogo muito conseguido.

2. Sem disponibilidade física

Para a segunda parte o Sporting já não conseguiu ter a mesma disponibilidade física, o que condicionou um pouco aquilo que era a forma de pressionar e as segundas bolas que acabou por perder em algumas ocasiões, dando essa possibilidade ao Famalicão de ter algum sucesso e de ter a bola mais próximo da baliza do Sporting, pois penso que com as alterações os leões ficaram pior uma vez que os jogadores que entraram, com um ritmo de jogo alto, não conseguiram anular os corredores laterais e tanto Esgaio como Fresneda tiveram algumas dificuldades em anular a avalanche ofensiva do Famalicão e nos últimos dez minutos sentiu-se ainda mais isso quando os minhotos começou a colocar bolas nas costas, o que obrigava muitas dês vezes Coates a posicionar-se e caso saíssem cruzamentos eram situações de perigo porque retirar o uruguaio da área poderia ser um pouco arriscado, porque é um jogador que percebe muito bem as zonas onde a bola aparece para os adversários finalizarem e ele tem sido muito importante nesse momento. Mas foi como Rúben Amorim disse e nos último dez minutos já não há estratégias já não há nada que se tenha trabalhado durante a semana; é toda a gente a defender, a tentar por a bola longe da baliza e foi essa união e esse caráter que fez com que o Sporting conquistasse três pontos muitos importantes luta pelo título campo muito difícil.

3.Os destaques leoninos

Uma palavra para Pedro Gonçalves que é um jogador claramente acima da média e fundamental nesta estratégia de Rúben Amorim e para Daniel Bragança que está a aparecer como titular indiscutível nesta fase e a rotação que está a ser feita entre ele, Hjulmand e Morita, mantendo-se o jovem da formação como titular porque está mais fresco e tem menos jogos do que os outros.