Um jogou com Slimani e Samaris e ‘enervou’ Sadio Mané no Algarve, outro marcou um golão
Marcão e Jair Brito, jogadores do Louletano, estiveram em destaque frente ao Al Nassr (A BOLA)

Um jogou com Slimani e Samaris e ‘enervou’ Sadio Mané no Algarve, outro marcou um golão

NACIONAL17.07.202421:41

Guardião, que já partilhou balneário com Samuel Portugal, Slimani, Samaris e foi treinado por António Oliveira no Coritiba, contou com a parceria do travessão num penálti batido pelo senegalês; ala tinha treinado as bolas paradas

O jogo particular realizado com Al Nassr evidenciou dois jogadores do Louletano: Marcão e Jair Brito. O primeiro, guarda-redes brasileiro, de 24 anos, que chegou a Loulé no mercado de inverno da época passada, não foi batido por Sadio Mané e contou a A BOLA porquê: «Foi um jogo muito importante para nós e para o clube, foi uma experiência muito boa, enfrentei um jogador que esteve ao mais alto nível do mundo. No penálti tentei intimidá-lo [risos], dei umas palmadinhas no travessão e acabou por ser o meu cúmplice. Fiquei muito motivado, imaginem se tivesse defendido.»  

Marcão jogou sempre no Coritiba, clube brasileiro onde teve oportunidade de trabalhar com jogadores bem conhecidos da Liga portuguesa: «Na formação joguei com o Samuel Portugal [guarda-redes do FC Porto, depois, antes de vir para Portugal integrei o plantel da equipa principal onde estavam Slimani [ex-jogador do Sporting] e Samaris [jogou no Benfica] e o treinador era o António Oliveira [filho de Toni, do Benfica], que sempre me incentivou muito e ajudou, uma pessoa cinco estrelas. Em relação ao Slimani e Samaris eles interagiam bem, mas a dificuldade da língua fez que com ficassem um pouco mais afastados.»  

Marcão chegou ao Louletano no mercado de inverno da época passada (A BOLA)

No Louletano quer ter rampa de lançamento, de olhos postos na Liga, por onde já passou Ederson, o seu ídolo: «Quero ajudar a equipa da melhor forma possível e conseguiu delinear um plano de carreira. Sou atento às ligas, adepto do Sporting [risos], gosto muito da forma de jogar.»

Se Marcão segurou o empate com os sauditas, Jair Brito, ala esquerdo, de 21 anos, que passou pelo Benfica na formação, marcou num lance de bola parada. «Tinha treinado isso no dia anterior as bolas paradas e eu estava no sítio certo para rematar à baliza, correu bem [risos]. É um grande incentivo, é uma sensação incrível fazer um golo a uma grande equipa, estamos numa realidade diferente, agora temos de voltar à nossa realidade, um campeonato bastante duro», começou por dizer o esquerdino.

Saída do Benfica foi marcante

Na época passada Jair Brito fez parte da defesa menos batida da Península Ibérica, ao serviço do Lusitano de Évora, em que os alentejanos não perderam fora toda a época e em 28 jogos oficiais não sofreram golos em 20, com o quarto melhor goal average do Campeonato Portugal. «Foi uma época muito positiva, com sabor amargo porque falhámos o acesso à fase de subida, mas do ponto de vista defensivo foi extraordinário. Espero que este ano possa repetir ao serviço do Louletano, procuro ter o máximo de minutos para evoluir e ajudar a equipa a alcançar os seus objetivos.»

Jair é reforço do Louletano depois de no ano passado ter feito parte da defesa menos batida da Península Ibérica (A BOLA)

Recuando no tempo, no Jair Brito confessou a A BOLA que quando saiu do Benfica equacionou deixar o futebol: «Regressei a Olhão desmotivado, pensava que só lá é que podia chegar a grandes palcos, mas tive grande apoio por parte da minha família e dos meus amigos e cá estou, na luta. Quem sabe um dia o Benfica não me vem buscar [risos].»   

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