1 fevereiro 2025, 13:50
Lage: «Tenho visto um aproveitamento claro para atacar a equipa»
Treinador do Benfica deixa apelo aos adeptos: «Têm de blindar o estádio»
Na conferência de imprensa de antevisão ao embate com o Estrela da Amadora, Bruno Lage, treinador do Benfica, fala do momento da equipa e do mercado
— Que jogo e que tipo de adversário espera na Amadora?
— Espero um jogo ao nosso melhor nível, foi essa mensagem que passámos aos jogadores. Fizemos um jogo muito bom com a Juventus e queremos fazer um novo jogo com enorme qualidade, perante um adversário difícil que joga em casa e, com certeza, irá querer dar outra imagem do jogo da Taça de Portugal [Benfica venceu o E. Amadora por 7-0, a 23 de novembro, na Luz, para a IV eliminatória da Taça de Portugal]. Estamos conscientes disso, por isso temos de estar fortes e determinados em fazer um grande jogo. O E. Amadora, realmente, é uma equipa com uma enorme organização, com jogadores de enorme qualidade e, como tal, temos de estar no nosso melhor para vencer, que é o nosso objetivo.
— No final do último jogo há uma imagem forte que fica quando se junta aos adeptos para celebrar a vitória. Essa imagem fortalece uma imagem de proximidade com os adeptos que tem fomentado? Por que é que o tem feito? Considera que quanto maior for essa proximidade maior será o nível de cobrança quando as coisas não correrem bem?
— Desde o primeiro dia disse que este ano seria difícil. E vai ser até ao fim. O que vejo é que tem havido um aproveitamento claro para atacar a equipa. Cabe-me, enquanto treinador, e temos tido essa capacidade, de blindar o balneário. Esta união que criámos desde o início entre os jogadores e os adeptos foi muito importante. Eles foram decisivos e importantes no nosso primeiro jogo [vitória por 4-1 sobre o Santa Clara, depois de os açorianos terem marcado no primeiro minuto], pela forma como apoiaram a equipa. E cabe-me, também como treinador, fazer um apelo aos nossos adeptos para eles blindarem o nosso estádio. Esse é o meu sentimento. Os adeptos, no jogo com o Mónaco [vitória por 3-2], marcaram presença, apoiaram e a equipa fez um jogo fantástico para vencer. Tenho de blindar o balneário e os adeptos o estádio.
— Com a saída de Beste, abre-se uma posição na lateral esquerda. Tyrell Malacia é o nome para essa posição? E, se for o caso, porque olha o Benfica para um jogador com um histórico recente de lesões difíceis?
— Tal como o presidente disse, vamos fazer alguns ajustes no plantel. Só vou falar de situações concretas. Beste saiu, foi sempre um profissional extraordinário, segue em frente na carreira e desejo-lhe as maiores felicidades. Se entrar algum jogador para essa posição falarei sobre a situação em concreto.
— No final do jogo em Turim, o presidente do Benfica disse que havia pessoas a querer desestabilizar. Após a polémica do áudio, sentiu, internamente, que havia pessoas a querer a sua saída? É criticado por algum protagonismo, excesso de populismo. Não teme que, daqui para a frente, uma conversa privada com os adeptos possa ser divulgada?
— Nada temo. Próxima pergunta, se faz favor.
— Até que ponto estas horas, até ao fecho do mercado, podem influenciar a dinâmica do plantel e o ambiente à volta da equipa?
— Em nada, porque o trabalho foi feito. Da nossa parte, a análise foi feita, o presidente, neste momento, sabe o que pretendemos: fazer evoluir a equipa. O foco total é no jogo, treinadores e jogadores focados no jogo. O presidente está a trabalhar.
— Analisou ao detalhe, certamente, os jogos com o Casa Pia e Juventus. Os quatro defesas no jogo com o Casa Pia foram os jogadores com mais passes errados. Pensa mudar a estratégia para estes jogos em que os adversários baixam o bloco, porque a equipa está a cometer muitos erros na saída de bola? Vai alterar alguma coisa?
— Temos é de continuar a trabalhar. Temos de ter consciência que as críticas são mais que justas, mas isso deve-se a um conjunto de fatores que está devidamente identificado entre nós. Temos de perceber que precisamos de dar a melhor resposta a cada momento.
— Como lidou, em termos pessoais, com o carrossel de emoções da última semana, desde a polémica dos áudios até à demonstração de força em Turim?
— Olhe, com a maior tranquilidade.
— Esta polémica dos áudios esfumou-se um bocado. Depois de Rui Costa ter assumido que a situação criou algum embaraço e alarido desnecessários, que Bruno Lage teremos a partir de agora, ou seja, num jogo que, eventualmente, possa correr mal e que os adeptos voltem a contestar a equipa voltará a ter conversas com os adeptos que já assumiu terem sido bastante longas?
— Vai ser o mesmo Bruno Lage de sempre. Muito consciente daquilo que se está a passar e a cada momento dar uma resposta para defender o grupo de trabalho.
— Depois vitória sobre a Juventus, tem mais força para resolver o que disse que tem de ser resolvido no clube? E pode explicar o que tem de ser resolvido?
— Resolvido em que sentido? Não percebi.
— No áudio pediu paciência aos adeptos e, noutros termos, disse: ‘Vou resolver isto’. Tem mais força para resolver isso?
— Sim, exatamente. É a força do treinador. O treinador do Benfica tem sempre de ter força. Qualquer treinador que esteve aqui precisou sempre de força. Sempre senti que tinha força. Estamos a resolver isso, estamos a trabalhar nesse sentido.
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