Tudo o que disse Rúben Amorim na antevisão ao Estoril
Rúben Amorim. Foto: LUÍS FORRA/LUSA

Tudo o que disse Rúben Amorim na antevisão ao Estoril

NACIONAL04.01.202420:40

Jogo com pontapé de saída esta sexta-feira às 18h45

Rúben Amorim fez esta quinta-feira a antevisão à receção ao Estoril que marca o regresso do Sporting ao campeonato, já em 2024.

Recorde tudo o que disse o treinador dos leões

Estoril já venceu o FC Porto duas vezes. É um alerta? «Não era preciso, mas nós focámo-nos muito nisso. Dissemos aos jogadores os resultados que eles têm tido. Têm marcado quatro golos em vários jogos. Não têm sofrido golos, que é algo que nós temos tido dificuldades. Não só qualidade de jogo, os resultados, a confiança, têm jovens jogadores que não se vão sentir intimidados. Vão-se sentir à vontade. Muitos deles têm formação em clubes grandes e sem a pressão de estar a fugir aos últimos lugares. É uma equipa muito bem trabalhada, com um treinador [Vasco Seabra] que consegue fazer bons trabalhos e ganhar a equipas grandes. A equipa está avisada. O Rafik Guitane talvez seja um dos mais desequilibradores neste momento. Tem miúdos no meio campo com muito talento. Tem o jogador com mais assistências no corredor direito a jogar a lateral direito, num sistema parecido ao nosso. Estaremos preparados».

Rúben Amorim dá novidades sobre os lesionados

4 janeiro 2024, 19:27

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Na antevisão do jogo com o Estoril, o técnico do Sporting atualizou o quadro clínico dos jogadores lesionados do plantel, abordou o mercado de inverno e o impacto de Gyokeres no clube

Como é que está Coates e como é que o Sporting se vai apresentar desfalcado? «Não me preocupa porque nós temos condições para apresentar um onze de qualidade. Já sabíamos dessas ausências. As lesões não controlamos. Estamos preparados e temos jogadores para vencer o jogo de amanhã. Coates ainda não está apto. Nem ele, nem o St. Juste podem estar com a equipa. O Fresneda continua a recuperar».

Tendo em conta as ausências, Rafael Pontelo pode ser titular? «Não vou dizer quem será titular. Está convocado. É uma opção. Poderá jogar. Não vou dar nada ao Vasco Seabra».

O que é que falta a este Sporting no mercado? Se fechasse hoje era um treinador satisfeito? «Falta muita coisa na forma de jogar e no crescimento da equipa. Vamos ver o que pode acontecer. Sim, diria que sim, desde que não saia ninguém. Temos alguns alvos que já estávamos a pensar no verão. Temos uma ideia do que pode acontecer quanto a saídas de jogadores. Estamos a passar um mau bocado com as lesões e as saídas para as seleções. O St. Juste poderá voltar este mês, o Coates está perto, o Fresneda poderá regressar em fevereiro. Com o Morita, Diomande e Catamo são seis jogadores... Todos os que temos agora é pensar não só agora, mas no futuro».

Como é que tem visto a época de Mateus Fernandes e se Rafik Guitane o agrada? «Óbvio que é um jogador que agrada a qualquer treinador que goste de futebol. Chama atenção e é muito parecido com o Edwards. Se nós estamos interessados? Não porque temos jogadores para essa posição. Em relação ao Mateus, no início, a nossa ideia não foi emprestar, mas acabou por ir para ter mais minutos. Eu até achei que o Mateus estava mais crescido que o Dário [Essugo], mas eu acho que o Dário está preparado para jogar pela nossa equipa quando tem de jogar. Não tinha dúvidas que o Matheus iria para um clube e acabaria por se impor. O crescimento dele é natural. Vejo-o a ficar no Sporting no próximo ano, se continuar o seu rendimento».

Está preparado para possíveis saídas? O plantel tem qualidade suficiente para lutar por todos os objetivos? «A nossa ideia é lutar por todos os objetivos. Depois depende das lesões. Temos um plantel equilibrado. Temos tido alguns azares, às vezes na mesma posição. Não podemos chegar a todos os lugares. Temos também jogadores da equipa B... o Diogo Travassos, por exemplo, está a treinar connosco, mas teve um pequeno toque e está lesionado. Em relação às saídas, é como tenho vindo a dizer. Só saem pela cláusula. Se pagarem nos últimos dias, claro que não estaremos preparados... Se assim for, não podemos fazer nada. Se acontecer, aconteceu e teremos de resolver».

Metade dos golos sofridos pelo Sporting nesta Liga são de bola parada. Preocupa-o? «Sofremos com o Portimonense, uma equipa muito forte ofensivamente nas bolas paradas. Perdemos o Sebastán Coates e não tínhamos o Inácio. A linha vai mudando. Há coisas que trabalhamos muito e esta semana trabalhámos. Partimos de uma base onde tínhamos Palhinha, Matheus Nunes, Fedal, Coates e eramos fortes, mas arranjámos soluções. O próprio Gyokeres é bom de cabeça e o Paulinho é melhor, principalmente defensivamente. Todos esses aspetos contam, mesmo quando montamos a equipa».

É um ano que se sente mais confiante para ser campeão? Eduardo Quaresma é opção para ser titular e se tem gostado da atitude e do compromisso? «O Eduardo Quaresma é uma opção. É muito forte nos duelos, no um para um. Tem trabalhado bem, em jogado bem, tem estado reservado. É algo que ele tenta controlar durante a semana e é o crescimento de alguém que fica mais maduro. O ano em que menos acreditei foi o primeiro e depois fomos todos acreditando. Eu e vocês [risos]. No segundo estava confiante que poderíamos ser bicampeões, no terceiro também e foi o que foi [risos]. Este ano sinto-me confiante. A experiência é pouca, mas depende de tudo. Das lesões, do calendário, da forma dos nossos jogadores, das bolas nos postes, da sorte. Acho que a estrelinha conta muito. Quatro anos que parecem 20 [risos]. Tem sido um bom trajeto. Estamos confiantes de que podemos ser campeões».

Nas primeiras observações, alguma vez pensou que Gyokeres ia atingir este nível? «É dar mérito ao scouting. Já o Porro, o Gyokeres e o St. Juste foi assim. Eles fazem um conjunto de imagens e nós vamos aprofundando. O que vimos é que o Gyokeres tinha as características ideais para transformar a nossa equipa mais perigosa. Não esperava este impacto, mas esperava que ele mudasse um bocadinho a forma de jogar do Sporting».