18 maio 2024, 22:44
Carlos Fernandes afirma que «é muito raro» alguém dar tanto mérito à equipa técnica como Amorim faz
O adjunto do Sporting deixa rasgados elogios ao treinador principal dos Leões
Técnico do Sporting fez-se acompanhar na conferência de imprensa por todos os sete elementos da equipa técnica; fez balanço do campeonato, tem olhos postos na final da Taça e voltou a dar sinais de que continuará em Alvalade na próxima época
Após a festa de campeão do Sporting, Rúben Amorim chegou à conferência de imprensa pós-jogo com o Chaves, mas os temas principais foram a conquista do campeonato e a final da Taça de Portugal de dia 26 de maio, com o FC Porto.
«Vamos recordar uma equipa que jogou muito bem, que atingiu um grande número pontos, que fez muitos golos, que não sofreu assim tantos. Penso que há 22 anos que o Sporting não faz a dobradinha e isso vai ter um impacto na forma como a equipa vai ser recordada. Mas de certeza que vai ser uma equipa que vai ficar na história, com alguns jogadores da formação e isso também se sente no balneário e é importante.»
«O míster Jesus tem razão ao dizer isso, porque sem ele nenhum de nós estaria cá. O grande obreiro da mudança do Sporting é o presidente, eu sinto-me mais uma peça aqui, sinto-me uma peça importante porque fizeram-me sentir importante, seguraram-me nos momentos difíceis e isso é o segredo para conseguirmos ter dado a volta, sobretudo após a época passada.»
«Foram vários momentos marcantes, logo o primeiro jogo com o Vizela, aquele golo do Paulinho é marcante, no jogo com o Benfica, não senti que já tivéssemos ganho, mas demos um passo em frente. Onde senti que já seria perdermos o campeonato foi após o jogo com o Vitória de Guimarães e isso explica muita coisa [risos]. Aí senti que o campeonato já não nos fugia.»
«Em relação a essa união, o ambiente vem muitos dos resultados, mas os adeptos do Sporting provaram o contrário na época passada. Quando cheguei aqui, nunca vi jogadores tão nervosos por irem jogarem em Alvalade. No ano passado estávamos em 4.º, fomos eliminados pelo Varzim e nunca senti os jogadores assim. Os adeptos perceberam que importa ver um caminho e uma ideia, que não importam só os resultados. Já provámos aqui que, com as mesmas pessoas, a ganhar ou a perder, que mantemos a relação com os adeptos, com os habituais altos e baixos.»
«A idade é um posto, digamos assim, mas também existe a experiência das vivências que tivemos aqui. O Pedro Gonçalves tem 25 anos, mas já viveu muito aqui. O Hjulmand está cá há um ano e é um líder. Isso tem a ver com o carácter das pessoas. A nossa equipa é mais madura hoje e era mais velha do que no outro título, quando tínhamos Feddal e outros jogadores mais velhos.»
«Em relação ao próximo jogo, vai ter impacto na próxima época. A forma como acabarmos a época influencia a próxima, porque não ganhamos muitas vezes ao FC Porto ultimamente. Não ganhamos uma dobradinha há 22 anos e temos de dar um passo em frente.»
«Quando a equipa foi ovacionada após uma goleada, com o Ajax ou o Manchester City, não me lembro, foi o momento em que senti que havia algo especial na relação da equipa com os adeptos. Esses momentos são mais marcantes, para mim, do que estes na hora da vitória. Em relação à dedicatória, dedico este campeonato aos treinadores que não dão muito a cara, sem eles não seria possível, mas principalmente dedico este título aos adeptos. Lidaram com uma época passada muito difícil, desde início desta época acreditaram muito e mantiveram esta dinâmica até ao fim.»
«Não me sinto especial, sinto-me apenas mais um. Mas se ganharmos a dobradinha vou sentir-me um bocadinho especial.»
«Eles vão estar no Sporting e o líder acho que sou eu, a menos que queiram mudar de... não é de chefe, mas de treinador [risos]. Não vou divulgar a conversa [com Frederico Varandas após o jogo]. Foi uma conversa de balneário, mais uma vez. Conversas normais num momento de festa.»
18 maio 2024, 22:44
O adjunto do Sporting deixa rasgados elogios ao treinador principal dos Leões
«Eu percebi o que as pessoas estavam a pedir, mas nós temos um trabalho para fazer e o Neto pensa muito na equipa e no seu objetivo. O Gyokeres queria ser o melhor marcador e somos uma equipa até ao fim e o melhor batedor bateu o penálti. Se os jogadores quisessem mudar para o Neto bater, eu não me iria opor. O Adán não vai jogar a final da Taça, em princípio será o Diogo Pinto e ele estará preparado.»
«As vitórias não são tudo, é a forma como se está no clube, os anos que estamos, o valor que o míster Manuel Fernandes tinha e nunca saiu do Sporting. Todos vamos ficar na história do clube porque já ganhámos campeonatos, tivemos uma das melhores épocas, em termos de Liga, no Sporting, mas para chegar ao patamar do míster Manuel Fernandes, ou de outros treinadores antigos do clube, não basta ganhar títulos. É uma forma de estar, passar por muitas coisas, abdicar de muito e volto a dizer, todos nós estamos muito longe daquilo que Manuel Fernandes representa para o Sporting. Depois uma palavra para ele, foi sempre alguém que nos apoiou, também apoiou muito esta direção em momentos difíceis e portanto temos o maior respeito e o maior carinho pelo míster Manuel Fernandes.»